Foto de arquivo

“Juntos somos mais fortes” e “Não à discriminação, ameaças é que não” são algumas das frases escritas nos cartazes empunhados pelos enfermeiros, que estão concentrados no passeio frente à entrada principal do Hospital de Santa Maria, alguns deles já na estrada, o que obriga as viaturas que passam por este acesso a abrandarem.

Interrompido por estridentes ovações, este grupo de enfermeiros tem vindo a crescer ao longo da manhã, tendo mesmo cortado, pelas 10:00, uma das faixas de rodagem junto ao hospital.

Os enfermeiros envergam t-shirts com algumas das palavras de ordem que marcam este protesto, nomeadamente “Basta”. “Chega de exploração” e “Não somos licenciados de segunda” são algumas das frases que se têm ouvido nesse protesto.

Cenário semelhante no Porto, onde centenas de enfermeiros protestam em frente ao Hospital de São João no Porto. Ainda assim, alguns enfermeiros preferiram ir trabalhar com medo de represálias.

Os enfermeiros iniciaram hoje uma greve de cinco dias contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.

Greve até sexta-feira

A greve foi marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE) para o período entre as 00:00 de hoje e as 24:00 de sexta-feira.

Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros, mas a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.

Apesar disso, os enfermeiros mantiveram a greve nacional, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.