5 de maio de 2014 - 09h17
Um estudo realizado na Suécia mostra que os fatores ambientais são tão importantes quanto a genética na origem do autismo.
"Ficamos surpresos com o resultado, porque não esperávamos que os fatores ambientais fossem tão importantes para o autismo", comentou Avi Reichenberg, investigador do Mount Sinai Seaver Center for Autism Research, em Nova Iorque.
Estes fatores ambientais, não analisados pelo estud em causa, incluem, segundo os autores, o nível sócio-económico da família, complicações no parto, infeções sofridas pela mãe e o uso de drogas antes e durante a gravidez.
Os investigadores disseram-se surpreendidos ao descobrirem que a genética tem um peso de 50%, muito menor do que as estimativas anteriores, de 80% a 90%, segundo um artigo publicado no Journal of the American Medical Association.
O resultado partiu da análise de dados de mais de 2 milhões de pessoas na Suécia entre 1982 e 2006, o maior estudo já realizado sobre as origens genéticas do autismo, que atinge uma em cada 100 pessoas no mundo.
Porém, estatísticas norte-mericanas recentes revelam que uma em casa 68 pessoas é autista nos Estados Unidos.
Os autores da pesquisa trabalham no King's College de Londres e no Instituto Karolinska de Estocolmo.
Os cientistas ainda desconhecem as origens do autismo. Estudos recentes apontam para uma origem pré-natal deste fenómeno patológico.
Por SAPO Saúde com AFP