O cancro da mama é a patologia que mais preocupa sete em cada 10 mulheres portuguesas, mas muitas ainda acreditam em mitos como ser suficiente fazer um exame da auto-palpação para detetar a doença, concluiu um estudo hoje divulgado.
De acordo com o inquérito realizado para a Associação laço e a GfK, 70 por cento das portuguesas afirmam que o cancro da mama é a doença que mais as preocupa até porque quase metade já teve uma amiga ou familiar a quem foi diagnosticada a doença.
Apesar de 69 por cento das mais de 620 inquiridas acreditarem que a deteção precoce pode salvar-lhes a vida e a quase totalidade (90 por cento) reconhecerem que as mamografias são o exame mais fiável, ainda há um grande número que julga ser suficiente a auto-palpação.
“Infelizmente, 12 por cento das mulheres vê a auto-palpação como suficiente para detetar qualquer alteração na mama”, refere o estudo nas suas conclusões, sublinhando que este é um “conceito ultrapassado”.
Outro dos problemas que preocupa a Associação Laço é a crença sobre a hereditariedade do cancro da mama.
Segundo o estudo – realizado entre 13 e 24 de maio – quase um quarto das mulheres acha que a doença é, na maioria das vezes, hereditária.
“Este é um dos mitos existentes, na medida em que, só 5 a 10 por cento dos casos existentes a nível mundial, resultam do fator hereditariedade”, avisa a associação.
O estudo revelou ainda que metade das portuguesas admite que “a partir dos 45 anos, é fundamental realizar uma mamografia de dois em dois anos, dando preferência à sua realização através de um programa de rastreio organizado”.
No entanto, 35 por cento não sabe se existe um programa de rastreio na sua zona de residência e 34 por cento acha mesmo que não existe.
Veja a reportagem sobre o workshop 'Formar Laços' - Associação Laço
03 de outubro de 2011
Fonte: Lusa
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