"Nas ilhas turísticas praticamente não registamos nenhum caso e o Ministério da Saúde está em articulação com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e autoridades, nomeadamente dos EUA, no sentido de Cabo Verde ser retirado dessa lista", disse Leonesa Fortes, em declarações veiculadas pela edição eletrónica do jornal "A Nação".

A ministra adiantou que o Ministério do Turismo, Industria e Desenvolvimento Empresarial (MTIDE) tem estado a acompanhar a situação do Zika no país conjuntamente com o Ministério da Saúde (MS) e sublinhou o "trabalho meritório" das autoridades de saúde para controlar o vírus a nível nacional.

Cabo Verde registou entre setembro e dezembro cerca de 4.200 casos suspeitos de infeção por vírus Zika, sobretudo nas ilhas de Santiago, Fogo e Maio.

Não foi registada qualquer morte associada a este vírus.

Nas últimas quatro semanas a média semanal de casos tem sido de cerca de 120, contra os cerca de 200 nas semanas anteriores e os 400 no início do surto em setembro.

"Os dados mostram que Cabo Verde não está a padecer de nenhuma epidemia de Zika e não está em nenhuma situação que possa suscitar cuidados especiais da parte daqueles que nos visitam", assegura Leonesa Fortes.

A inclusão de Cabo Verde na lista dos países com epidemias de vírus Zika está a ter impacto no mercado turístico, com algumas agências a registarem cancelamento de reservas.

Leonesa Fortes adiantou que é preciso ter sempre presentes os cuidados necessários, mas sublinhou que os casos verificam-se apenas em algumas ilhas e mesmo nessas estão a diminuir.

"Já tive a informação que na ilha do Fogo os casos reduziram em mais de 50%", disse.

A ministra garantiu que Cabo Verde está a envidar esforços para ser retirado da lista, considerando que a situação não justifica tal classificação.

"Se houver necessidade vamos emitir um comunicado para tranquilizar as pessoas, as entidades e os outros países", disse, acrescentando que "é preciso fazer chegar a mensagem lá fora de que não constitui perigo vir para o nosso país".