Foram detetados casos de “poliovírus derivado de vacina em circulação do tipo 2 (cVDPV2)” “numa criança de 4 anos no distrito de Isalé, no Burundi ocidental, que não tinha sido vacinada contra a poliomielite, bem como em duas outras crianças que eram contactos do rapaz de 4 anos”, disse a OMS numa declaração.
Cinco amostras “da monitorização ambiental das águas residuais” também confirmaram a presença do poliovírus, adiantou a organização.
Segundo a OMS, o Governo do Burundi, que declarou a deteção do vírus uma “emergência nacional de saúde pública”, planeia lançar uma campanha de vacinação contra a poliomielite para proteger todas as crianças dos 0 aos 7 anos contra o vírus.
“A deteção do poliovírus circulante tipo 2 mostra a eficácia da vigilância da doença no país. A poliomielite é altamente contagiosa e é essencial agir rapidamente para proteger as crianças através de uma imunização eficaz”, disse a diretora regional para África da OMS, Matshidiso Moeti.
A responsável afirmou que a organização apoia “os esforços nacionais para aumentar a imunização contra a poliomielite de modo a que nenhuma criança fique para trás e em risco de sofrer os efeitos debilitantes da doença”.
Segundo a OMS, “o poliovírus de tipo 2 em circulação” é a forma mais comum de poliomielite em África e os surtos deste tipo de poliovírus são os mais comuns na região, com mais de 400 casos de “paralisia flácida aguda” registados em 14 países afetados em 2022.
A poliomielite é uma das causas de paralisia flácida aguda, “definida como o início agudo de fraqueza ou paralisia com tónus muscular reduzido em crianças”, de acordo com a OMS África.
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