Trata-se, segundo explica em comunicado o Gabinete de Comunicação, de uma decisão tomada em conjunto com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, no âmbito da partilha de recursos humanos, “dentro do espírito de entreajuda e de resposta às necessidades onde é necessária”.
A ULS do Nordeste dispensou uma equipa composta por dois ortopedistas e um anestesista aos hospitais do Algarve com a garantia por parte dos responsáveis de que não afetará os serviços no distrito de Bragança, a área abrangida por esta Unidade Local de Saúde.
Apesar da falta de médicos crónica que se verifica nesta região, a especialidade de ortopedia é uma das que se destaca nos serviços prestados com várias distinções e avaliações de “excelência”, dando mesmo formação a médicos estrangeiros.
Num comunicado conjunto, a ULS do Nordeste e a ARS-Norte explicam que “tendo em conta a escassez verificada de algumas especialidades hospitalares em determinado momento (sazonalidade) e unidades”, o Ministério da Saúde, através deste organismo, promoveu junto de todos os hospitais, centros hospitalares e ULS a possibilidade de partilha de recursos.
As entidades envolvidas ressalvam que “essa partilha de recursos é sempre bem-vinda e positiva para os utentes, desde que a prestação na especialidade da unidade que eventualmente possa ceder profissionais não seja colocada em causa”.
“No caso concreto da ULS do Nordeste verificamos, por um lado, que a lista de espera na especialidade de ortopedia está devidamente controlada, não existindo sequer, nesta data, a emissão de nenhum vale cirúrgico e, por outro, que os tempos máximos de resposta garantida estão assegurados”, asseguram.
Os responsáveis concluem que “assim foi possível à ULS do Nordeste ceder temporariamente uma equipa composta por dois médicos ortopedistas e um médico anestesista” para dar “resposta às necessidades onde é necessária, no caso concreto na região do Algarve”, onde a procura turística, durante o verão, faz disparar o número de potenciais utentes.
O Jornal de Notícias refere hoje, em manchete, que “médicos [foram] desviados de Trás-os-Montes para o Algarve”, a fim de suprir as lacunas sentidas nos hospitais da região sul nesta época, enfatizando que os clínicos estão a ser cedidos por uma das zonas mais carenciadas do país em termos médicos.
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