"A variante indiana tem mutações que já estudamos e contra as quais a nossa vacina funciona, o que nos deixa confiantes", disse Sahin em conferência de imprensa.
A variante B.1.617, conhecida como variante indiana por ter surgido na Índia, foi detetada em "pelo menos 17 países", incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Suíça e até mesmo o Reino Unido. Itália, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal foram detetados seis casos da variante indiana de COVID-19. "A fortaleza" que a vacinação constitui contra a Covid-19 "vai-se manter, tenho certeza", acrescentou Sahin.
A BioNTech já testou a sua vacina em mais de 30 variantes, obtendo pelo menos uma "resposta imunológica suficiente", acrescentou.
O diretor da start-up alemã especializada em RNA e que se tornou pioneira mundial na imunização, também anunciou que a sua vacina, usada na União Europeia e nos Estados Unidos desde dezembro, deve obter aprovação em breve na China.
“Ainda há algumas questões em aberto às quais estamos a responder” e “é muito provável uma autorização até julho”, acrescentou o cientista.
Disse ainda ser a favor de flexibilizar as restrições aos vacinados, mas considera que deve não deve ocorrer de forma imediata.
Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia está a braços com um surto devastador, durante o qual registou máximos diários de mortes e de contágios durante cinco dias consecutivos, o que levou vários países, entre os quais Portugal, a oferecerem ajuda.
Desde o início da pandemia, a Índia já registou 197.894 óbitos e 17,6 milhões de casos, situando-se, em número de mortos, apenas atrás de Estados Unidos, Brasil e México.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.970 pessoas dos 834.991 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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