O presidente do Conselho de Administração do HDS, José Rianço Josué, disse hoje à Lusa que a avaria ocorreu ao nível dos servidores e do armazenamento, que suportam o funcionamento das aplicações informáticas “SONHO” e “S.CLINIC”, sendo que “as redundâncias existentes permitiram que não se perdesse qualquer informação armazenada, quer administrativa, quer clínica”. “Na prática, a avaria impediu o acesso e a utilização daquelas aplicações”, disse.

José Josué adiantou que “o principal constrangimento imediato foi a dificuldade de acesso à base de dados clínicos e administrativos, obrigando a voltar à utilização de papel e impressos, numa organização já muito assente em processos desmaterializados”.

A situação provocou “desconforto e mais trabalho para os profissionais”, cuja “resposta exemplar” realçou, salientando igualmente a “grande compreensão” dos utentes, “num hospital que continua a assistir, diariamente, mais de dois mil doentes, no ambulatório e no internamento”.

O presidente da administração do HDS afirmou que na sexta-feira foi recuperado o módulo da prescrição eletrónica do medicamento (emissão de receitas), tendo igualmente sido já recuperado o acesso à base de dados clínicos e administrativos, nomeadamente do “SONHO” e do “S.CLINIC”, “o que permite a consulta a todos os processos clínicos e aos agendamentos, facilitando toda a atividade clínica”.

Também o acesso ao módulo dos Certificados de Incapacidade Temporária foi reposto, adiantou.

“Com estas recuperações minimizaram-se os constrangimentos, encontrando-se o problema ainda em resolução definitiva" sob a responsabilidade dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, com o apoio da equipa do Hospital e da ORACLE, empresa responsável pela infraestrutura dos equipamentos que fez deslocar uma equipa da Alemanha dada a “complexidade” da avaria, acrescentou.