O marido da auxiliar de enfermagem contagiada com o vírus do Ébola em Madrid, Espanha, lançou uma petição online para salvar o seu cão, Excálibur, que a Comunidade de Madrid vai sacrificar por segurança.

Segundo o "El País", o Governo de Madrid já deu ordem para que o animal seja abatido, de forma a impedir novas formas de contágio.

"A existência deste cão que esteve em contacto com a paciente infetada pelo vírus do ébola, segundo os estudos disponíveis, supõe um possível risco de transmissão [do vírus]", lê-se no comunicado do departamento de Saúde.

No comunicado, o departamento assegura que a decisão foi tomada com base em "dados que confirmam que os cães podem transportar o vírus, ainda que sejam assintomáticos".

Num comunicado distribuído pelas redes sociais, Javier Limón Romero, que está isolado sob observação epidemiológica no mesmo hospital em que onde a mulher está a ser tratada, o Carlos III de Madrid, tinha informado que as autoridades ameaçaram solicitar uma ordem judicial para entrar à força em casa do casal e matar o animal, caso Javier não autorizasse a execução do animal, o que se veio a confirmar.

Segundo a sua denúncia, terá sido um responsável dos serviços de Atenção ao Paciente da Comunidade de Madrid que o contactou a pedir autorização.

"Olá, chamo-me Javier Limon Romero, sou o marido de Teresa Romero Ramos, a auxiliar contaminada com ébola por tratar, de forma voluntária, dois pacientes infetados que foram repatriados para Espanha. Quero denunciar publicamente que um tal Zarco, creio que seja agente de saúde da Comunidade de Madrid, me disse que têm de abater o meu cão, porque sim. Pedem-me consentimento, o qual neguei redondamente", escreveu Javier no Facebook.

Entretanto, uma petição está a ser difundida pela associação de defesa dos animais AXLA.