1 de julho de 2013 - 15h06
Um total de 7,4 milhões de mortes prematuras por tabaco serão
evitadas em 41 países até 2050 graças às medidas de controlo adotadas
entre 2007 e 2010, nomeadamente ao aumento dos impostos, decisão que por
si só salvará metade dessas vidas.
Este dado é revelado hoje pelo
primeiro estudo sobre os efeitos concretos das medidas antitabaco na
taxa de mortalidade atribuída a esse vício depois da entrada em vigor do
Convénio para o Controlo do Tabaco em 2005.
Segundo o estudo, uma
subida de 75 por cento nos impostos sobre o tabaco evitaria quase
metade das 7,5 milhões de mortes prematuras pelo tabagismo, ou seja,
mais de 3,5 milhões.
Uma evidência que, por outro lado, a
indústria tabaqueira tenta negar ao defender que os ajustes impostos não
têm relação direta com uma diminuição do consumo e afirmar que só
incentivam o tráfico ilegal.
Porém, os investigadores
estabeleceram que uma subida dos impostos sobre o tabaco que preveja uma
subida até 10 por cento do seu preço real provoca uma redução entre 4 e
18 por cento do número de consumidores, segundo um artigo científico
publicado hoje no boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para
chegar a estas conclusões, o estudo baseou-se, entre outros fatores, em
que um de cada dois fumadores falece prematuramente por alguma doença
ligada com o consumo direto ou indireto de tabaco.
Por essa
lógica, calculou-se que nos 41 países que adotaram uma ou mais medidas
antitabaco poderão evitar-se metade das 14,8 milhões de mortes
previstas, ou seja, 7,4 milhões.
Entre as medidas mais eficazes,
além do aumento dos impostos sobre o tabaco, estão a declaração de todos
os espaços públicos e de trabalho completamente livres de fumo, as
ajudas aos fumadores para que abandonem esse vício e as advertências
sanitárias gráficas nos maços de cigarros.
Considera-se também uma das melhores medidas a que proíbe completamente a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco.
Lusa
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