Lançado no âmbito da Semana Europeia da Vacinação (24 a 26 de abril, que tem como tema ‘Vaccines work’ (as vacinas funcionam), o movimento diz, em comunicado, ter como objetivo “derrubar as barreiras que existem à vacinação na idade adulta, transformando a informação disponível em consciência”.

“Conscientes de que o acesso à informação é a base de uma boa prevenção, e de que, por falta de informação, ou de prescrição, ainda são poucos os adultos vacinados”, a Respira, a Fundação Portuguesa do Pulmão e o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP) decidiram juntar-se e criar o Movimento Doentes pela Vacinação.

Para o movimento, a vacinação antipneumocócica é “um direito fundamental”, lamentando que “ainda estejam tantos por vacinar por falta de informação”.

“Mais do que o acesso económico, o principal entrave à vacinação antipneumocócica é a falta de conhecimento”, sublinha o Movimento Doentes pela Vacinação, que espera vir a agregar outras associações, sociedades científicas e população em geral, com o objetivo comum de “alertar, informar e orientar todos os interessados sobre o tema”.

Uma das missões do movimento é lançar uma campanha de sensibilização junto de Juntas de Freguesia, Centros de Dia, Lares e outros locais frequentados por doentes de risco.

“É necessário dotar a população e os profissionais de saúde de consciência sobre o problema, e para isso, nada como ir ao seu encontro”, afirma a vice-presidente da Respira e fundadora do movimento, Isabel Saraiva.

O objetivo, explica Isabel Saraiva, é “consciencializar estas pessoas dos riscos que correm”, um “risco desnecessário porque, felizmente, há prevenção”.

“No fundo, queremos que ponham a vacinação na equação, explicar que a vacinação é um direito e que a partilha de informação sobre recomendações, aconselhamento e direitos, é uma obrigação dos profissionais de saúde”, sublinha no comunicado.

O Movimento Doentes pela Vacinação cita um estudo recente, segundo o qual nove em cada dez adultos com mais de 50 anos não estão vacinados contra a pneumonia, uma doença que mata.

Segundo o mesmo estudo, a falta de indicação médica é a principal razão para que estes adultos ainda não estejam imunizados, apesar de existir, desde 2015, uma Norma da Direção-Geral da Saúde que recomenda a vacinação de grupos de adultos com risco acrescido de contrair doença invasiva pneumocócica (DIP).