Contribuir para melhores tratamentos de imunoterapia contra o cancro é o grande objetivo do projeto "Reguladores celulares e moleculares de células T multifacetadas no microambiente tumoral", do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes (IMM), que se dedica à investigação de um conjunto de linfócitos que infiltram o tumor e que podem contribuir para a sua progressão.

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Tendo em conta que as células do sistema imunitário são uma componente importante do microambiente tumoral, influenciando de forma significativa a progressão do cancro, os investigadores do IMM identificaram já dois subconjuntos destas células que desempenham papéis opostos na progressão do tumor: enquanto um estimula a resposta contra o cancro, o outro promove o seu crescimento.

O que controla este equilíbrio é o que falta perceber e é o que se pretende com uma investigação que venceu ontem o ‘Prémio FAZ Ciência 2019’, uma iniciativa da Fundação AstraZeneca (FAZ) e da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), que distingue o melhor projeto de investigação translacional em Imuno-Oncologia desenvolvido em Portugal. O prémio, que se traduz numa bolsa de trinta e cinco mil euros, foi entregue, em Lisboa, numa cerimónia que decorreu na residência do Embaixador do Reino Unido.

Tal como em 2018, foram submetidos diversos projetos a concurso, com elevada qualidade e representativos de vários grupos de investigação, o que representa o consolidar de um novo paradigma no panorama da investigação em Portugal.

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Para Paulo Cortes, médico e presidente da SPO, "esta iniciativa dá corpo a um dos desígnios maiores da SPO ao promover o conhecimento e interligação entre os vários grupos de investigação, cooperativos e universidades, nacionais e internacionais. Neste sentido, continuamos a abraçar esta parceria com a Fundação AstraZeneca na atribuição do prémio FAZ Ciência com a maior satisfação e empenho".

Rosário Trindade, vice-presidente da Fundação AstraZeneca, abraça também esta ideia, de que “o futuro da saúde passa pelo constante investimento em investigação, centrado nas necessidades dos doentes, capaz de mudar o paradigma do tratamento e da gestão da doença.E é essa investigação que o Prémio FAZ Ciência quer incentivar e premiar”.