Vendido em leilão no início do mês à empresa britânica Signature Living, o paquete Funchal tem 100 toneladas de amianto na sua estrutura. Os números são da Quercus, que aguarda resposta das autoridades britânicas e portuguesas para perceber de que forma vai o navio ser transportado para Londres, onde deverá ser convertido num hotel.

A notícia é avançada pela TSF. Depois de ter sido comprado pela empresa com sede em Liverpool, o navio já foi tema de conversa no parlamento britânico, escreve a referida rádio.

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O assunto foi levantado pela International Ban Asbestos Secretariat (IBAS), uma associação ambientalista parceira da Quercus.

As duas associações lembram as autoridades que o navio tem 100 toneladas de amianto friável (altamente degradado) e que não pode navegar sob o risco de libertar partículas potencialmente cancerígenas.

Nesse caso, há dois cenários em cima da mesa: ou o navio é rebocado até Londres, ou é sujeito a obras em Lisboa antes de seguir viagem.

"Ao ser rebocado, nós temos de ter garantias de que as autoridades marítimas inglesas vão receber este barco e que a remoção do amianto vai ser possível em Inglaterra. Caso as autoridades marítimas inglesas não autorizem a receção deste barco com a presença de amianto, então tem de ser assegurada a remoção do amianto aqui em Portugal", diz Carmen Lima, responsável pelo SOS Amianto, da Quercus, citada pela TSF.