A artrite reumatoide é uma doença que causa dor, rigidez nas articulações, inchaço e limitação de movimentos e que afeta principalmente as mãos mas também ombros, cotovelos, pescoço, joelhos, ancas e pés. Os danos causados são irreversíveis e podem levar a incapacidade pela perda de movimentos, inaptidão para o trabalho, elevados custos médicos – muitas vezes é necessário o recurso à cirurgia – e uma muito má qualidade de vida.

"Esta doença é quatro vezes mais frequente na mulher do que no homem, tem em média o seu início em torno dos 40 anos e apresenta como principais limitações a dor, inchaço e deformação progressiva das articulações afetadas, com particular incidência nas mãos", explica em comunicado a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR).

Os especialistas alertam que se o tratamento não for adequado, ao fim de 10 anos, 50% dos indivíduos têm de deixar de trabalhar e ocorre uma diminuição da esperança de vida de 10 anos. Por isso, é essencial uma aposta no diagnóstico precoce para um início imediato da terapêutica correta que permita um controlo da atividade da doença.

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Entre outros conselhos, os reumatologistas frisam que os doentes devem ser vistos regularmente por um especialista em reumatologia – de preferência trimestralmente – e frisam que conjuntamente com a vigilância da doença, é muito importante eliminar outros fatores de risco de agravamento da doença, como é o caso do tabaco. A prática de exercício físico é uma mais-valia a considerar, sempre acompanhada do controlo dos fatores de risco cardiovascular.

"Existe uma grande variedade de tratamentos que aliviam a dor e reduzem a inflamação, permitindo a paragem da progressão da doença. Para os doentes que não respondem às terapêuticas iniciais estão disponíveis diversos medicamentos produzidos com biotecnologia, designados por terapêuticas biológicos, que provaram também controlar e parar a progressão da doença", adianta ainda a SPR.

Portugal é o único país da Europa que assinala o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide, a 5 de abril.