28 de maio de 2014 - 09h01
O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, anunciou hoje o reforço de seis médicos de medicina geral e familiar para os centros de saúde do distrito de Leiria.
O responsável da ARS fez o anúncio durante a apresentação do projeto de remodelação do centro de saúde de Pombal.
"Vai decorrer o concurso e vão ser colocados novos seis médicos de medicina geral e familiar nos centros de saúde. Para o Centro Hospitalar de Leiria também serão colocados médicos de diferentes especialidades, mas cujo número não sei de memória", adiantou o presidente da ARSC à agência Lusa.
José Tereso salientou ainda a importância de os médicos utilizarem a plataforma de dados, que já existe, para que todos tenham acesso aos dados do doente em qualquer parte do país.
"É um apelo que fazemos a todos os profissionais dos hospitais e dos centros de saúde, porque, rapidamente, o cidadão, quer vá ao hospital, ao centro de saúde ou esteja fora, tem os seus dados nessa plataforma, o que é facilitador para a prestação de qualquer cuidado de saúde", apelou.
A utilização desta ferramenta não só permite aceder a todo o histórico do doente, como irá "evitar a repetição de exames complementares de diagnóstico", o que se traduz em poupanças.
Para José Tereso, a figura do médico consultor é outra medida que devia arrancar rapidamente.
"É nosso entendimento e do senhor ministro da Saúde, que será muito facilitador a ida periodicamente de um especialista da medicina hospitalar de algumas especialidades aos centros de saúde para fazer consultadoria aos médicos de medicina geral e familiar".
Deste modo, o clínico poderá "tirar dúvidas relativamente a algumas patologias", evitando a ida do utente ao hospital.
Durante a apresentação do projeto do novo centro de saúde de Pombal, o presidente da Câmara, Diogo Mateus, salientou que se trata de uma "das principais obras públicas do concelho, não tanto pelo poder financeiro que representa, mas pelo efeito social".

Segundo o autarca, o centro de saúde tem "cerca de 15 a 16 mil inscritos nos seus ficheiros" e, após a conclusão das obras, terá conduções para receber uma unidade de saúde familiar.
Com um investimento de 1,2 milhões de euros, Diogo Mateus explicou que o projeto conta com uma comparticipação de 85% de fundos comunitários.
"O visto do Tribunal de Contas deverá acontecer dentro de 15 dias e, no prazo de um mês ou um mês e meio, as obras de ampliação deverão iniciar-se", afirmou.
Com um prazo de execução de um ano, a obra deverá estar concluída até junho de 2015.
A intervenção prevê, entre outros, a criação de cinco gabinetes médicos e instalações destinadas ao Centro de Apoio à Toxicodependência, no piso zero.
O primeiro piso contempla também a ampliação do mesmo, onde serão instalados 12 gabinetes médicos, uma área destinada à saúde materna e infantil e gabinetes de enfermagem. Haverá ainda um ginásio para a fisioterapia.
Enquanto as obras o centro de saúde irá funcionar em contentores, "com as devidas condições de funcionamento e climatizado", que irão ficar junto à atual unidade de saúde, garantindo "acessibilidade e centralidade" aos utentes, destacou Diogo Mateus.
Por Lusa