
Numa nota enviada à agência Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) disse que a única formação que aconteceu nos dias de greve foi no agrupamento de centros de saúde Almada/Seixal e que a frequência não era obrigatória.
“A única ação de formação que aconteceu foi no ACES Almada/Seixal no dia 8 de maio - V Jornadas do Grupo de Internos de Medicina Geral e Familiar de Almada/Seixal (GIMGAS) -, organizadas pelos internos de Medicina Geral e Familiar do ACES Almada/Seixal, cuja data é da inteira responsabilidade da comissão organizadora destas Jornadas", refere o esclarecimento enviado à Lusa.
"Mais acrescentamos que as mesmas foram planeadas e agendadas antes de ter sido convocada a greve dos médicos. Também se informa que as jornadas não são de frequência obrigatória para os nossos internos, pelo que, a ARSLVT reafirma que em momento algum houve lugar a quaisquer tentativas de coagir os médicos a participar na ação de formação referida", acrescenta.
No primeiro dia de greve, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou pelo menos dois casos de tentativa de coagir médicos internos a não aderirem à greve de três dias, que hoje termina.
Durante a concentração de protesto frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, o presidente da FNAM disse aos jornalistas que dois agrupamentos de centros de saúde tentaram obrigar os médicos internos a uma ação de formação de três dias.
Segundo João Proença, a indicação dada a esses médicos em formação de especialidade era de que se não comparecessem à formação teriam falta e não a poderiam repetir no próximo ano.
A situação teria ocorrido num agrupamento de centros de saúde na zona de Almada e num outro na região do Algarve.
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