O paciente regressou no fim de fevereiro de uma viagem pela Europa.

Além do falecido, a Argentina confirmou outros nove casos: sete na capital, um na província de Buenos Aires e outro em Córdoba (centro).

Com estes nove casos, somam 61 na América Latina com os reportados no Brasil (17), Equador (14), México (6), Chile (6), Peru (6), Colômbia (1), Costa Rica (1) e Paraguai (1).

Noventa e cinco países e territórios estão afetados pelo COVID-19, que deixou mais de 3.556 mortos e quase 105.000 contágios em todo o planeta.

Mais casos na Argentina

A lista na Argentina aumentou este sábado com a vítima fatal e um jovem que estava em quarentena num hospital da capital federal com sintomas compatíveis e após ter compartilhado o voo de regresso de Itália com outro dos infectados.

O paciente falecido apresentava "antecedentes de diabetes, hipertensão, bronquite crónica e insuficiência renal", reportou o ministério da Saúde no comunicado divulgado na sua conta oficial no Twitter.

Segundo informou, o paciente, morador da cidade de Buenos Aires, começou com uma sintomatologia de "febre, tosse e dor de garganta" a 28 de fevereiro e fez a primeira consulta médica a 4 de março.

O ministério informou que o homem deu entrada com sintomas de pneumonia na unidade de terapia intensiva do hospital público Argerich e precisou de assistência respiratória mecânica.

A morte ocorreu no sábado, destacou o comunicado. A sua esposa, assintomática, é submetida a exames.

Segundo o ministério da Saúde, este tinha voltado à Argentina a 25 de fevereiro, procedente da Europa, embora não tenha informado os países que visitou.

Medidas preventivas

O governo concedeu este sábado uma licença de trabalho extraordinária para funcionários do setor público e privado que voltarem de viagens ao estrangeiro para evitar a propagação do vírus.

Embora a resolução do ministério do Trabalho não esclareça, especula-se que será aplicada àquelas pessoas que tiverem visitado países aonde foram reportados casos.

A medida foi adotada para facilitar o cumprimento das recomendações de autoridades sanitárias que indicam nestes casos isolamento preventivo de 14 dias.

Também e diante da iminência do início das aulas nos ensinos básico e fundamental, na segunda-feira  a maioria das jurisdições do país, os ministérios da Saúde e da Educação das províncias recomendaram que as crianças que tiverem viajado para o estrangeiro se abstenham de ir à escola nas duas semanas posteriores.

Milhares de consultas por telefone foram atendidas nos últimos dias em linhas de informação habilitadas especialmente para tirar dúvidas da população.