O vírus da peste suína africana foi detetado na carcaça de um javali encontrada na região de Brandebourg, próximo da fronteira polaca.
"Infelizmente as nossas suspeitas confirmaram-se", após análises efetuadas pelo laboratório federal Friedrich-Loeffler, especializado neste tipo de vírus, declarou Julia Klockner em conferência de imprensa.
A ministra sublinhou que o vírus e o consumo da carne de porco infetada não "são perigosos" para os seres humanos.
Este primeiro caso confirmado constitui uma má notícia para os produtores alemães, já que pode comprometer imediatamente as exportações de porcos para o estrangeiro, nomeadamente para a Ásia.
O vírus, que provoca hemorragias internas mortais na maior parte dos animais contaminados, já tinha sido detetado há alguns meses em javalis na Polónia.
Na altura, a Alemanha instalou vedações elétricas com mais de 100 quilómetros de extensão junto à fronteira polaca para evitar que os animais infetados passassem para território alemão.
As autoridades de Berlim puseram em ação outras medidas, como a utilização de drones e de cães para detetarem javalis mortos.
A descoberta desta carcaça infetada na região de Brandebourg pode provocar a implementação de medidas de interdição à exploração e exportação de porcos criados na zona oriental da Alemanha.
Em 2014, o vírus da peste suína africana propagou-se em países do Leste europeu (Letónia, Lituânia, Polónia, Sérvia, Moldávia, Eslováquia e Roménia).
O abate de gado contaminado é a única forma de estancar a propagação da epizootia e que afeta os o negócio dos criadores alemães.
A Alemanha produz cinco milhões de toneladas de carne de porco anualmente, sendo o primeiro exportador europeu do setor.
O país beneficiou economicamente da peste suína que afetou os produtores da República Popular da China em 2018 onde, oficialmente, foi abatido mais de um milhão de animais.
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