Na conferência de imprensa semanal, John Nkengasong referiu que as autoridades sanitárias estimaram inicialmente que pelo menos 60% da população africana de 1,3 mil milhões de pessoas precisava de ser vacinada para alcançar a chamada imunidade de grupo, mas que essa percentagem subiu devido à prevalência da variante Delta em 32 países.
Nkengasong defendeu assim que agora a percentagem deve ser “superior a 70%, 80%”, questionando, no entanto, se esta meta será suficiente.
África está muito aquém do seu objetivo original de vacinação, com os profissionais de saúde a criticarem os países mais ricos por açambarcarem doses e darem doses de reforço enquanto as pessoas nos países mais pobres ainda estão à espera de vacinas.
Segundo o responsável, apenas 2,5% da população africana está agora totalmente vacinada, tendo sido administradas 93 milhões de doses. O CDC de África estimou que talvez apenas 30% da população africana possa ser vacinada até ao final do ano.
“As coisas vão ficar mais difíceis antes de melhorarem”, disse Nkengasong.
África regista 191.818 mortes por covid-19, num total de 7.620.106 casos desde o início da pandemia, segundo dados do CDC África.
A covid-19 provocou pelo menos 4.461.431 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,79 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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