FOTO: Salvador Mendes de Almeida, Fundador da Associação Salvador
A remuneração auferida pelo desempenho de uma função permite que sejamos mais independentes economicamente, mas também que tenhamos uma participação mais ativa na sociedade, conseguindo aceder e realizar programas de âmbito cultural, social e desportivo, que anteriormente não conseguiríamos por falta de posses económicas.
Para além da participação social que a remuneração nos proporciona e que nós optamos, ou não, por aproveitar, a empregabilidade é por si só um fator mobilizador da inclusão.
Isto é, a nossa integração num emprego, em determinado local, com determinadas pessoas, faz-nos sentir parte de algo. Criamos relações com os colegas, desenvolvemos uma rede de contactos e damo-nos a conhecer para além da deficiência, o que faz com que estejamos plenamente integrados na sociedade ou pelo menos mais próximos da inclusão social.
Quando temos um emprego, desenvolvemos um sentimento de pertença a uma cultura organizacional, com determinados valores, ritmos e formas de trabalho, na qual podemos realizar novas aprendizagens e partilhar experiências entre pares, o que nos faz crescer enquanto profissionais. A diversidade dos colaboradores ganha um novo peso quando as entidades estão abertas à partilha de experiências e à transferência dessas mesmas para o ambiente de trabalho.
O intercâmbio de vivências traz diferentes perspectivas e até melhoria no desempenho profissional das equipas.
A missão da Associação Salvador passa essencialmente pela melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência motora e, neste sentido, apostamos na área da empregabilidade, uma vez que esta área tem ligação direta e de causa/efeito na qualidade de vida da pessoa.
A realização pessoal de ter um emprego e sentir-se útil, está intimamente ligada à saúde emocional da pessoa com deficiência motora, contribuído para o aumento da sua auto-estima e confiança.
Um artigo de Salvador Mendes de Almeida, Fundador da Associação Salvador
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