A Real Companhia Velha acaba de lançar uma mão cheia de novidades, todas da colheita de 2016 e com a chancela ‘Quinta de Cidrô’. Além de quatro monovarietais brancos – Alvarinho, Chardonnay, Gewürztraminer e Sauvignon Blanc – há um novo rosé que une Touriga Nacional e Touriga Franca. Para a rentrée fica prometido o ‘Quinta de Cidrô Pinot Noir 2014’ e o ‘Quinta de Cidrô Touriga Nacional 2015’.

A Quinta de Cidrô é uma das cinco quintas que a Real Companhia Velha possui no Douro. Uma propriedade que, desde 1996, tem sido pautada por uma viticultura moderna, traduzida na chamada “vinha ao alto”, e onde estão plantadas castas nacionais, mas também algumas internacionais.

O ‘Quinta de Cidrô Alvarinho 2016’ prova o quão aberta é a “mente” da Real Companhia Velha, ao ousar trabalhar a casta rainha dos Vinhos Verdes na mais antiga região demarcada do Mundo. O resultado é um Alvarinho do Douro, de cor citrina levemente dourada, a denotar concentração. Com aromas finos e delicados, é intensa a presença de notas cítricas e flor de laranjeira, a contribuírem para a sua complexidade. Encorpado e fresco, a mostrar na boca os sabores que se adivinham no aroma. Um branco longo e distinto, salientado por uma acidez estaladiça e saborosa mineralidade. Na adega, a fermentação e o estágio, de 6 meses, ocorreu em cubas inox. À mesa, acompanha preferencialmente peixe e mariscos grelhados.

O ‘Quinta de Cidrô Chardonnay 2016’ impressiona pela concentração e intensidade, exibindo uma complexidade de aromas, como ananás, pêssego e pêra, harmoniosamente integrados com ligeiras nuances de madeira e notas amanteigadas. Um refrescante e muito equilibrado branco, com um final de prova longo e persistente. Na feitoria, 80% fermentou em barricas de carvalho francês, onde permaneceu por mais oito meses em contacto com borras finas - método de bâtonnage -, enquanto 20% se ficaram pelo inox, a fim de assim se conseguir o equilíbrio desejado. Acompanhe este Chardonnay com pratos de bacalhau, mariscos e saladas.

O ‘Quinta de Cidrô Gewürztraminer’, feito de uma casta originária da região da Alsácia, em França,  é um vinho extremamente original, a mostrar o forte e vincado carácter do Douro, onde mesmo uma “fruta” tão marcante como esta é transformada pelo terroir. Quis fazer-se um vinho onde os aromas e sabores do Gewürztraminer fossem evidentes, aliados ao carácter dos vinhos brancos do Douro, com uma estrutura, mineralidade e acidez muito própria. O resultado é um branco com aromas de líchia e rosa (tão típicas desta variedade) muito evidentes, mas ao contrário do habitual, seco, austero e com uma boa acidez, a pedir sushi, pratos de caril e saladas.

O ‘Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc’ é mais um emblemático monocasta da Real Companhia Velha. As uvas que lhe dão origem são esmagadas em prensa pneumática, seguindo-se a fermentação em cubas de inox, onde o vinho estagia durante três meses antes de ser engarrafado. Um branco de aroma muito expressivo – com leves notas de espargos, pimenta verde e toranja – bem integrado por uma evidente impressão de mineralidade. Na prova mostra-se um vinho rico e intenso, mas que preserva um sentido de leveza e frescura. É um Sauvignon Blanc que impressiona desde já, mas com potencial de evolução em garrafa. Uma excelente companhia para ostras, peixes grelhados e carpaccios.

Finalmente, o ‘Quinta de Cidrô Rosé 2016’ é elaborado como se de um branco se tratasse, a partir das castas autóctones Touriga Nacional e Touriga Franca. Resulta num rosé com intensas notas florais, combinadas com frutos vermelhos, refrescante e equilibrado por uma boa acidez, apresentando um final de boca aveludado e mineral. A fermentação e o estágio, de seis meses, são em cubas de inox com controlo de temperatura. Uma boa proposta para acompanhar pizzas, carpaccios e saladas que sabem sempre tão bem no Verão.