Depois de enraizado o hábito de consumir chocolate na Europa e, concretamente em Portugal, vamos encontrar na Lisboa do século XVIII, porto de chegada de muito cacau do Brasil, a profissão de chocolateiro.
Os chocolateiros da capital eram examinados e aprovados para exercer a actividade e, com isso, fazer e vender o chocolate. Começava o exame pela apreciação dos cacaus, pronunciando-se o aluno sobre as características e qualidades. Seguia-se o cálculo da porção e, logo a seguir, o descasque. Finalmente, misturava-se o açúcar.
O chocolate em bebida era bastante procurado, fabricado tal como na versão sólida pelo mestre que, a pedido de particulares, se deslocava aos domicílios para o preparar.
Na Lisboa das naus, o fabrico e venda do tão apreciado chocolate, carecia de regras, nomeadamente no que respeitava à higiene do produto, a possíveis fraudes, adulterações e abusos. Com peso e medida o chocolate obedecia a uma fórmula rígida, tornada oficial, contendo cacau, canela, baunilha e açúcar.
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