No Mano a Mano as referências culinárias transalpinas não se esgotam em carbonaras e bolonhesas. “Quero desmistificar a ideia de que o italiano só come massas e pizas”, explica Laura Schneider, chefe executiva do restaurante localizado na Rua do Alecrim, na capital. Uma profissional de cozinha que passou uma longa temporada em Florença, Itália, a estudar todos os segredos daquela cozinha mediterrânica.
No Mano a Mano o menu está dividido entre Antipasti, Insalate, Primi, Secondi, Contorni (acompanhamentos), Piatti Unici e Dolci.
Em concreto, vamos encontrar uma carta com sabores como o Cappelli al funghi porcini e tartufo nero (13,5 euros), a Tagliata di manzo (entrecôte de novilho maturado a 30 dias na chapa por 22,00 euros) ou o Scaloppine di baccalà al prosecco com tartufo nero e polenta morbida (lombo de bacalhau com molho de prosecco, trufas negras e polenta cremosa a 22,00 euros).
Ao domingo, há um tabuleiro familiar, que pode ser partilhado por quatro (40,00 euros) ou por seis comensais (55,00 euros), mediante reserva prévia.
No que respeita às pizas (redondas ou quadradas) encontramos um confronto: é romana ou napolitana? Nesta disputa de sabores, apesar de se sugerir determinada massa para cada piza, é o cliente que decide a sua forma de confeção.
Desta forma, a cozinha foi equipada com dois fornos Valoriani (marca italiana de culto na produção de fornos) a lenha, cada um para sua especialidade: as napolitanas cozem a 500 ºC, enquanto as romanas vão ao forno a 300 ºC.
Os Piatti Unici são especialidades que competem com as pizas pelo protagonismo – a Panzanella toscana (10,5 euros) face à a Guancia di vitello (14,5 euros), bochecha de vitela estufada em vinho tinto com puré de batata e limão.
O pão que abre as hostilidades é artesanal, feito na cozinha do Mano a Mano, e chega à mesa temperado e recheado com os ingredientes mais frescos: camarão, mozarela de búfala ou caponata (típico prato siciliano) de legumes, ou da forma mais simples, num cesto de foccacias.
Nos vinhos, as rivalidades acontecem entre as regiões de Portugal – com referências de Lisboa, Douro, Alentejo e Dão – e as mais famosas de Itália. A cerveja, que complementa a oferta das bebidas, é da marca Peroni, servida à pressão e os sabores dos sumos naturais flutuam consoante a fruta disponível.
Mano a Mano é um restaurante de janelas e portadas viradas para a rua, que absorvem a luz natural de Lisboa e deixam o reboliço da capital fora de portas.
O mármore cobre os tampos das mesas e dos balcões, e a madeira complementa a decoração. A iluminação aconchega o espaço, com jogos de luz espelhados nas superfícies, e a parede do fundo é uma extensão da típica cozinha italiana.
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