Quem entra na Cavalariça de Évora depara-se com um lugar vibrante onde as referências começam no sul de Espanha e seguem até à África do Sul.

Existe o pátio, reimaginado pelo designer e paisagista Louis Benech, e os padrões e azulejos no interior. Também há referências a Andaluzia como a tribo africanas, não tivesse o designer Jacques Grange se inspirado em Esther Mahlangu, uma artista sul-africana do povo Ndebele que criou painéis coloridos e com padrões geométricos para as colunas do restaurante, arco e parede do pátio.

Cavalariça Évora: um lugar vibrante que nos leva a viajar através do paladar
Cavalariça Évora: um lugar vibrante que nos leva a viajar através do paladar Cavalariça Évora créditos: Divulgação

Assim, deparamo-nos com um pátio com um toque andaluz, com fontes quadradas, laranjeiras geometricamente plantadas e trepadeiras frondosas. No interior, somos surpreendidos por um espaço vibrante onde os tetos estão pintados a preto e amarelo, as colunas contam com formas geométricas coloridas, o chão estende-se por um mosaico ziguezague verde e branco e a zona de bar destaca-se pelo turquesa brilhante.

Integrado no Palácio da família Cadaval, o restaurante é o terceiro do grupo Cavalariça e sucede o da Comporta e de Lisboa.

"Os produtos são da região, mas a matriz é contemporânea"

Quando o chef da casa, Bruno Caseiro, diz que na Cavalariça Évora trabalham o Alentejo e nos apresenta pratos como Tortilha do Alentejo, Coelho de Escabeche, flatbread de trigo ou Torta de Citrinos, gelado de camomila, mel, percebemos que as suas criações não se limitam aos horizontes da região.

Conforme explica: "estamos a fazer cozinha do Alentejo sem ser cozinha alentejana. Os produtos são da região, mas a matriz é contemporânea".

Assim, quase tudo o que nos chega à mesa vem de produtores locais, pois o produto do Alentejo é a base das criações do chef. Entre a oferta, o chef procura as melhores opções e, por isso, a carta não é fixa, se tiver que mudar, muda, e constrói-se conforme o inventário.

Bruno Caseiro e Catalina Viveros
Bruno Caseiro e Catalina Viveros Chef Bruno Caseiro e a sub chef Catalina Viveros créditos: Divulgação

Para entrarem no inventário, os produtos devem ter boa qualidade, até porque essa é outra regra de Bruno: trabalhar apenas com os melhores bens da terra.

Na Cavalariça Évora, a cozinha é um lugar dinâmico, sem regras restritas e geografias definidas. A partir de um produto de qualidade e da sua época, tudo pode acontecer.

Quando visitar:

O Cavalariça Évora esta aberto todos os dias. Os almoços funcionam entre as 13h00 e as 14h30 e os jantares entre as 19h e as 22h00.