Uma conversa no início da época de casamentos, em 2015, sobre onde comprar gravatas com estilo levou quatro amigos a perceber que as hipóteses irreverentes eram escassas. Em Portugal, havia quem viesse fabricar as suas gravatas, mas não existia uma marca nacional focada na produção de acessórios modernos para homens que, seguindo as tendências internacionais, arriscam sem medos. No espaço de um ano, em maio de 2016, a Comodoro chegou ao mercado português, com Bernardo Salvador Marques e Martim Yglesias, da BYD –Boost Your Digital, e Luís e Nuno Guimarães, da Música do Espaço, ao leme do projeto. Comodoro era a designação dada ao oficial da marinha acima do Capitão, hoje mais comummente conhecido como contra-almirante. “É um nome enraizado na portugalidade e em todo o caminho desbravado e conquistado pelos portugueses por via marítima. Esses caminhos que os navegadores portugueses desbravaram são os mesmos caminhos que a marca quer desbravar”, explicam. Tinham o know-how das suas duas empresas, mas faltava-lhes competências na área do design e na perceção de tendências.
Tudo é produzido à mão, em materiais distintos, como a seda italiana, poliéster, linho, lã e até cortiça portuguesa, na conceituada Grapalvi. A fábrica sediada no norte do país, em Famalicão, passou de uma faturação milionária para a possibilidade de encerrar as portas e viu o convite da Comodoro como uma forma de manter e assegurar a produção. Atualmente, a Comodoro apresenta três coleções principais, disponíveis em três tamanhos: a Portugueses Heroes Silk Tie Collection (€59,00), com uma qualidade mais premium e padrões elegantes, a Portuguese Heritage Knitted Tie Collection (€29,00), que brinca com as texturas e cores irreverentes, e a Portuguese Innovation Printed Tie Collection (€29,00), com opções mais garridas e joviais.
Este outono-inverno, a Comodoro lança ainda a Portuguese Contemporary Heroes Tie Collection, uma edição especial de gravatas que conta o apoio e apadrinhamento de alguns projetos empreendedores que arrancaram em tempo de crise ou que lhe souberam fazer frente, mostrando a bravura e resiliência de que são feitos os portugueses – um espírito que data dos descobrimentos e na qual a Comodoro assenta os seus valores.
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