O primeiro tratamento capilar de longa duração, que teve o seu lançamento mundial em França há cerca de um mês, já está disponível em Portugal. Exclusivamente acessível em salões de cabeleireiro parceiros da L’Oréal Professionnel, Pro Fiber é uma nova gama de produtos que resulta de 15 anos de investigação. Integrando sete patentes, é «infinitamente reativável», assegura a marca. «Resulta de uma combinação exclusiva de ingredientes ativos L'Oréal, que penetram na fibra capilar e fixam os ingredientes reparadores, proporcionando resultados inigualáveis e visivelmente duradouros. A fibra fica como nova da raiz até às pontas, como se nunca tivesse sido danificada», garante a empresa.
A inovação maior está no complexo molecular Aptyl 100, «a primeira tecnologia capaz de fixar moléculas na fibra capilar de forma duradoura». «Uma eficácia de longa-duração nunca antes alcançada na L’Oréal», assegura mesmo o documento de apresentação da nova linha. À semelhança de Elvive Fibralogy, o primeiro champô do mundo que cria matéria dentro da fibra capilar, apresentado em Lisboa no início de 2014, a gama Pro Fiber procura tirar partido da introdução de uma substância líquida no interior das hastes que, depois, se materializa num componente sólido que fortalece o cabelo.
A estrela do produto é o «aminosilane, um composto de silício, conhecido pela sua capacidade não só de reconstruir o córtex em profundidade, mas também de reforçar a estrutura capilar através da recriação de uma rede tridimensional», pode ler-se. «Patentear esta tecnologia permitiu desenvolver o aminosilane, que consegue penetrar no cabelo em maior profundidade através de espaços nanométricos na fibra capilar. A molécula contém uma parte mineral que forma uma estrutura de silício, de modo a criar uma rede tridimensional», explica a marca.
«Por outro lado, apresenta uma parte orgânica, que fixa a molécula com firmeza na fibra capilar. Quando aplicada no cabelo, penetra na sua estrutura através da cutícula até ao córtex. A sua ação duradoura é ainda mais eficaz em cabelo danificado», assegura a empresa, que associou ao aminosilane um polímero catiónico que «atua como revestimento, cobrindo a superfície capilar com uma película protetora, deixando o cabelo suave e sedoso».
Diagnóstico inicial é feito em salão
A aplicação do novo tratamento é feita por profissionais especializados nos salões de cabeleireiro, depois de um diagnóstico feito através de uma aplicação móvel. Feita a análise, é aplicada uma máscara ativadora, que é complementada em casa com a aplicação de monodoses, à venda em embalagens de seis, a cada quatro lavagens. Depois da máscara, é aplicado um dos três novos champôs, um dos três condicionados, uma das três máscaras regeneradoras e, para finalizar, um dos três séruns em gel regeneradores.
Nos cabelos menos danificados, serão utilizados os da linha Rectify. Nos com danos capilares intermédios, será usada a a linha Restore e, nos mais danificados, a linha Reconstruct. «O cabelo danificado é um dos maiores problemas para as mulheres entre os 16 e os 30 anos», afirma Patricia Pineau, diretora de comunicação científica da empresa, que esteve em Portugal, na passada sexta-feira, para acompanhar o lançamento do novo tratamento.
«Tínhamos de utilizar uma molécula muito pequena porque o espaço disponível dentro da fibra capilar é muito exíguo», justificou a especialista. «A diferença está na persistência [da nova matéria no cabelo] depois de cinco ou até mesmo 10 lavagens. É algo que nunca se tinha conseguido até agora. E, quando se sai do salão, nota-se logo a diferença», assegura. «Muitas vezes o cabelo não precisa de ser hidratado. Precisa de ser reconstituído. Cada vez mais, o diagnóstico dos especialistas é essencial», adverte.
«Se comprar os produtos e tentar fazer o tratamento em casa, o resultado não é o mesmo porque a máscara ativadora tem uma concentração diferente», sublinha ainda. O novo tratamento Pro Fiber deve ser feito durante seis semanas. «Depois desse período, o cabelo deve ser sujeito a um novo diagnóstico», refere ainda Patricia Pineau. A modelo e atriz francesa Eva Green é a imagem da nova linha de produtos.
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O primeiro champô do mundo a criar matéria dentro da fibra capilar
Pro Fiber está a ser promovido como o maior lançamento do ano da L'Oréal Professionnel, uma das marcas do grupo L'Oréal, tal como sucedeu em janeiro de 2014 com Elvive Fibralogy, que segue a mesma filofosia. Esse foi o primeiro champô do mundo a criar matéria dentro da fibra capilar. Desenvolvida pelos laboratórios da empresa de produtos de cosmética e de cuidados corporais L’Oréal Paris, em parceria com a Universidade de Jussieu, em França, esta inovação resultou de um processo de investigação que se estendeu por 17 anos, com a missão de resolver um problema que afeta cerca de 1/3 das mulheres portuguesas.
Esta é a proporção que se estima que apresente um cabelo fino, sem densidade, sem corpo e sem força. Para contrariar a situação, a companhia lançou, na altura, uma gama de produtos de higiene capilar, composta por um champô, um condicionador, uma máscara capilar e um booster intensificador de densidade capilar, com uma fórmula que inclui filloxane, um ingrediente ativo que aumenta a espessura das hastes capilares.
Tal como sucede com a fórmula de Pro Fiber, essa substância é introduzida no cabelo sob a forma líquida mas vai solidificando à medida que os produtos vão sendo utilizados, através de uma tecnologia já utilizada há várias décadas na indústria vidreira e na indústria automóvel. «Não foi um desafio fácil», admitu Valérie Jeanne-Rose, engenheira de pesquisa avançada dos laboratórios franceses, durante a apresentação da nova gama.
Os estudos científicos da empresa, levados a cabo num grupo feminino de teste com recurso a uma técnica denominada secondary ion mass spectrometry, verificaram que, logo depois da primeira aplicação, os cabelos apresentavam mais 80% de força e de texturização. «Com a utilização regular do champô e do amaciador, conseguimos o equivalente a 9.000 cabelos suplementares», assegura a especialista.
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