Manjerica. Uma designação original e fresca e que fica no ouvido.
Este foi o nome escolhido para uma nova marca nacional de malas de senhora em pele feitas à mão.
O projeto foi desenvolvido por Teresa Bettencourt e Carlos Elavai, dois jovens empresários açorianos da Ilha Terceira.
A designer de moda e o economista uniram esforços e conjugaram talentos para concretizar o projeto, numa altura em que o país se encontra mergulhado numa realidade que se resume à palavra crise. Para já, a coleção Jungle Drums, a primeira da marca, encontra-se apenas disponível na boutique on-line em www.manjerica.com, um site desenhado e criado pelos próprios empresários.
Veja a GALERIA DE IMAGENS DA COLEÇÃO JUNGLE DREAMS DE MANJERICA
Como surgiu a ideia de desenvolver este projeto?
Este projeto começou a ser imaginado no ano passado, em 2010, em resposta ao sonho e desejo de construirmos a nossa própria empresa e, através dela, poder ter algum impacto no desenvolvimento da moda em Portugal. No fundo, quisemos ver concretizadas as nossas ideias e criatividade através da junção da veia empreendedora de um com a veia artística do outro.
Porquê a escolha do nome Manjerica?
Queríamos optar por um nome que tivesse alguma ligação com Portugal, mas que fosse um nome fresco e que ficasse no ouvido. Além disto, também gostava que tivesse um cunho pessoal. Desde pequena que o meu pai me chama a mim e à minha irmã de manjericas. Desta forma, pareceu-me o nome ideal.
Em que é que se inspirou para criar a coleção Jungle Drums?
Inspirei-me numa selva mágica, um mundo imaginário onde os padrões exóticos se misturam com as cores saturadas da vegetação e dos frutos tropicais. Inspirei-me também em algumas formas animais, como a borboleta e em texturas fortes como a da pele de crocodilo. Os dourados também refletem o ambiente quente e solarengo desta coleção.
Porque escolheram este momento, marcado pela crise económica, para lançar este projeto?
A ideia de avançar com este projeto surgiu também numa altura da vida em que, devido ao facto de ainda não termos tanta responsabilidade a nível familiar e de sermos jovens, podemos arriscar. De qualquer forma, este projeto tornou-se um desafio para nós, dado que a situação económica atual nos obrigou a um planeamento rigoroso dos investimentos. Desta maneira, foi possível erguer este projeto apenas com base nas nossas poupanças.
Na nossa opinião, a aposta das pessoas em atividades empreendedoras é, não só, uma forma de tentarem ultrapassar a difícil conjuntura atual, como também, de apostarem nas suas qualidades e competências individuais, fazendo algo que gostam, ao mesmo tempo que contribuem para uma maior e melhor atividade económica baseada na iniciativa privada.
No nosso caso, a nossa principal motivação foi, e continua a ser, o sonho de construir um projeto pessoal que garanta alguma autonomia no modo como impactamos a sociedade.
Veja na página seguinte: Os projetos de internacionalização da marca
Apesar de ser recente, como está a ser a aceitação do projeto?
Lançámos a Manjerica dia 2 de setembro de 2011 e até hoje estamos a ter um feedback muito positivo.
A Manjerica tem sido referenciada em diversos blogues, alguns dos quais bastante conhecidos.
O design, a qualidade dos materiais e fabrico e a sofisticação das peças têm sido as principais características destacadas.
Quais são as vossas perspetivas e planos futuros?
Neste momento, estamos a focar-nos na expansão da atividade da Manjerica no mercado português, tanto ao nível da notoriedade da marca, como também da consolidação das nossas operações e processos comerciais. Mas, num futuro próximo, o caminho passará pela internacionalização da marca.
Veja o vídeo da produção fotográfica realizada para promover a primeira campanha da marca realizada pelo fotografo Ismael Prata e protagonizada pela modelo da Central Models Ana Cassian:
Texto: Fabiana Bravo
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