Pode parecer estranho mas as calosidades funcionam como um escudo para amenizar o choque. Surgem para proteger o pé de uma agressão externa ou interna. Aparecem em zonas de maior pressão e/ou fricção e são um «mecanismo natural de defesa da própria pele em resposta a estas alterações», como refere a podologista Joana Azevedo. «Tal como as bolhas, os calos podem estar associados ao calçado inadequado bem como a alterações biomecânicas do pé», alerta a especialista.
Só é possível tratar definitivamente um calo se for tratada a alteração que o origina. Joana Azevedo não aconselha o uso de limas ou lixas de qualquer espécie, pois «promovem atrito e fricção da pele, que se sente agredida e cria mais pele como defesa do estímulo nocivo. Este procedimento errado leva a um ciclo vicioso de hiperqueratose (endurecimento da pele)». Em alternativa, «recomenda-se o uso de cremes queratolíticos e pedra-pomes natural», sugere.
A explicação é simples. «É suave e não provoca agressões da pele», justifica a especialista, que também recomenda «o desbridamento mecânico das calosidades executado por um podologista». De acordo com Joana Azevedo, este «é o tratamento correto e indicado para a remoção e eliminação definitiva das calosidades», sendo já muitos os profissionais que, um pouco por todo o mundo, o aconselham.
Texto: Cláudia Vale da Silva com Joana Azevedo (podologista)
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