Da fama já não se livram. O site de infidelidade AshleyMadison.com, a maior plataforma digital de relacionamentos extraconjugais do mundo na internet acaba de divulgar a lista as cidades portuguesas com mais inscrições e, com alguma distância em relação ao segundo lugar da tabela, Braga é a cidade com mais utilizadores do serviço. A seguir à cidade dos arcebispos (com 16.836 subscritores, segue-se o Porto (15.058) e Lisboa (13.310). Em termos de representatividade, destacam-se também Monsanto (4.266) e Rio de Mouro (4.189) e Évora (6.460).

Coimbra (6.261), Loures (5.719), Vila Nova de Gaia (5.376) e Setúbal (5.298) completam a lista. «Os portugueses renderam-se ao maior site de relacionamentos extraconjugais do mundo e, desde 2013, o número tem aumentado exponencialmente. Só em Portugal, já conta com mais de 100 mil utilizadores inscritos, provenientes dos mais variados pontos do país», refere a empresa em comunicado. «A cada nove segundos, o Ashley Madison.com ganha um novo utilizador, provando que a infidelidade está, cada vez mais, à distância de um clique, em qualquer cidade do país», informa o documento.

«Dados oficiais ditam que em Portugal a maioria dos utilizadores são naturais do norte do país», pode ler-se ainda no e-mail datado de datado de 18 de novembro de 2014, que refere ainda outro dado surpreendente. «Estamos em 29 países e nunca como agora tivemos tanta adesão de mulheres», assegura Noel Biderman, fundador do site. «Elas procuram fora de casa quando sentem que já não há paixão no casamento, quando se sentem negligenciadas numa relação onde antes recebiam flores e o marido lhes dizia que eram bonitas», esclarece o empreendedor. No caso dos homens, a história é outra.

«Percebemos que eles têm o seu primeiro caso quando as mulheres engravidam do primeiro filho. Não se adaptam bem às mudanças e, por isso, há muitos homens na casa dos 30 [anos] a usar o serviço. Mas a maioria está na casa dos 40/50 anos», sublinha. «Estão há muito tempo casados, os filhos estão na escola ou já fora de casa, e sentem que, nesta fase da vida, tem direito a fazer algo por si próprios», justifica o especialista.

O acesso ao site, que garante privacidade e o sigilo aos seus utilizadores, é gratuito para as mulheres, mas pago para os homens. 100 créditos custam 49 euros e dão-lhes o direito de contactar 20 utilizadoras diferentes. Nada de outro mundo, tendo em conta os 100.000 utilizadores inscritos no país. Afinal, como Noel Biderman refere, «o negócio da infidelidade não só é à prova de recessão, como cresce neste contexto».