Um dos grandes dilemas dos pais de hoje prende-se com os limites que devem impor às crianças no seu contacto com um mundo tecnológico cada vez mais complexo. Poucas áreas da vida das crianças levantam tantas dúvidas aos adultos quanto aos níveis de liberdade que são ou não são aceitáveis.
Os pais podem sentir-se à vontade por deixarem um filho de 12 ou 13 anos ir passear com os amigos ou ir sozinho para a escola, mas ficam muitas vezes perdidos quando o assunto é a interação do filho com a internet. Não é de espantar, tendo em conta os numerosos alertas das autoridades. Mas o que é seguro para os miúdos? E a partir de que ponto deixa de ser seguro?
O jornal inglês Daily Telegraph elaborou um conjunto de recomendações para ajudar os pais a manter os filhos fora de perigo nas suas relações com o mundo digital.
Crianças entre 6 e 9 anos
Faça uma lista de sites que o seu filho pode visitar e explique-lhe o tipo de informação pessoal que não deve revelar online, como o nome da escola que frequenta ou o endereço de casa.
Defina limites de tempo para o seu filho estar online.
Resista à pressão para deixar o seu filho ver determinado conteúdo que considera inapropriado para ele.
Crianças entre 10 e 12 anos
Defina limites claros quando der ao seu filho o primeiro dispositivo com ligação à net, seja telefone, tablet ou computador. Atenção: não o faça quando ele já o estiver a usar – mas, sim, antes de começar a usá-lo.
Converse com ele sobre as chamadas “pegadas digitais” e como o seu comportamento online pode ter consequências futuras dificilmente reparáveis.
Seja bastante claro sobre o tipo de conteúdos que ele está autorizado a ver. E evite os julgamentos.
Não se esqueça: serviços como o Facebook e YouTube têm um limite de idade mínimo de 13 anos por alguma razão.
Crianças com 13 ou mais anos
Fale francamente sobre questões relacionadas com saúde, bem-estar, imagem corporal e mesmo sexualidade. Os miúdos podem estar a descobrir informações imprecisas ou perigosas na internet.
Reveja as configurações dos controlos parentais em consonância com a idade e a maturidade do seu filho.
De vez em quando faça perguntas como: “Conheces todas as pessoas que fazem parte da tua lista de ‘amigos’ online?”; “Recebes mensagens de estranhos?” (se a resposta for afirmativa, insistir: “E como é que lidas com essas mensagens?”); “Conheces alguém que esteja a pensar encontrar-se com uma pessoa que conheceu online?”; “Há alguém no teu grupo de amigos que goste de humilhar os outros na internet?”; “Alguém já te tratou mal nas redes sociais ou por sms?”
Se tiver em conta estas recomendações, e estiver atento ao seu filho, as probabilidades de ele vir a debater-se com problemas relacionados com este universo decrescem drasticamente.
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