A época da gripe traz consigo múltiplas complicações. A pneumonia é uma das mais graves e pode ser mortal. Apesar de não ser sazonal – há internamentos e mortes por pneumonia ao longo de todo o ano – é nos picos de gripe que se dá a maior incidência da doença. A Sociedade Portuguesa de Pneumologia lança o alerta: a vacinação pneumocócica é a melhor forma de prevenir a pneumonia.

 

Evitável através da vacinação, a infeção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma causa importante de morbilidade e mortalidade. As crianças e os adultos a partir dos 50 anos são os mais afetados pela doença pneumocócica, bem como grupos de risco, que incluem pessoas com doenças crónicas associadas como a diabetes, doenças respiratórias ou cardíacas, e que tenham hábitos como o alcoolismo e ou o tabagismo.

 

Na época da gripe aumenta o número de casos de pneumonia, uma das mais graves e mortais complicações da doença. Um estudo desenvolvido pela Comissão de Infeciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia revela que esta doença é responsável pelo internamento de, em média, 81 adultos por dia, dos quais 16 acabam por morrer.

 

«A vacinação pneumocócica é a melhor forma de prevenção contra a pneumonia, uma das mais graves complicações da gripe, que é particularmente incidente nesta altura do ano», explica Carlos Robalo Cordeiro, presidente da SPP. «Existem duas vacinas, uma mais antiga e outra recente, com diferentes eficácias. A mais recente está indicada na União Europeia para todas as idades a partir das 6 semanas e é especialmente recomendada a crianças, grupos de risco e adultos a partir dos 50 anos. No caso dos adultos, basta uma dose única ao longo da vida.»

 

A vacina pneumocócica previne formas graves da infeção por pneumococos, como a pneumonia, a meningite e a septicémia e outras menos graves como a otite média aguda e a sinusite. O pneumococo é o responsável por, aproximadamente, 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo, sendo, por isso, uma das principais causas de morte evitáveis através de vacinação.

 

 

Maria João Pratt