O tratamento médico durante a gravidez pode reduzir o risco de futuros problemas de saúde mental na criança, dizem investigadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Rebecca Pearson, autora principal do estudo que seguiu mais de 8 mil mães que tiveram depressão pré-natal ou pós-parto e publicado na revista JAMA Psychiatry, declarou que «A depressão durante a gravidez devem ser levada a sério e tratada durante a gravidez. Apesar de ser pequeno, há um risco a longo prazo para a criança.»
A investigadora afirmou que é uma associação, não uma relação causal, e que é necessária uma investigação mais aprofundada.
Carmine Pariante, do Instituto de Psiquiatria do King’s College de Londres, disse que o desenvolvimento da saúde mental de um indivíduo não começa no nascimento, mas sim no útero. «A mensagem é clara. Ajudar as mulheres que estão deprimidas durante a gravidez não só irá aliviar o seu sofrimento, mas também o sofrimento da próxima geração».
Celso Arango, do Hospital Geral Universitário Gregorio Maranon, em Madrid, disse que as hormonas do stress podem afetar o desenvolvimento da criança no útero. «Idealmente, as mulheres com depressão deveriam ser tratadas antes de engravidarem, mas se já estiverem grávida quando diagnosticadas com depressão, o tratamento é ainda mais importante já que terá impacto tanto na mãe como no filho.»
Os especialistas acreditam que diversos fatores podem estar envolvidos na depressão pré e pós-natal, com fatores ambientais, tais como o apoio social, a terem um impacto maior na depressão pós-parto.
Maria João Pratt
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