Os Compromissos do Setor Alimentar são uma iniciativa da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) e da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA). Os resultados «evidenciam o impacto das medidas de autorregulação adotadas e praticadas pelas 27 empresas subscritoras», dizem as duas entidades.

 

O exercício de monitorização permitiu medir o impacto concreto que as políticas das empresas signatárias dos Compromissos tiveram no equilíbrio da publicidade dirigida a crianças.

 

Os resultados do ano passado confirmam uma tendência de decréscimo na exposição de crianças menores de 12 anos à publicidade feita pelas marcas subscritoras dos compromissos do sector alimentar, que representaram, em 2012, cerca de 75 por cento de todos os investimentos publicitários a alimentos e bebidas não alcoólicas.

 

Na apresentação do relatório Eduardo Branco, presidente da APAN, afirmou que os resultados também mostram que «o caminho, nesta matéria, é o da autorregulação». Essa é a mensagem que APAN e FIPA querem também passar aos decisores políticos numa altura em que estão no Parlamento duas propostas de lei, do Partido Os Verdes e do PS, sobre a regulação da publicidade dirigida a crianças.

 

Pedro Queirós, secretário-geral da FIPA, disse na mesma altura que o relatório e os compromissos mostram a «proactividade da APAN e da FIPA quer a nível a nacional quer mesmo europeu pois Portugal replicou e ampliou o modelo europeu. Podemos dizer aos consumidores que aquilo que prometemos está a ser cumprido», afirmou.

 

Os resultados do relatório resultam de um estudo feito pela consultora Accenture e pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco. Os Compromissos do Sector Alimentar são uma iniciativa voluntária de um conjunto de empresas de alimentos e bebidas a operar no mercado nacional no sentido de mudar a publicidade dirigida a crianças com idade inferior a 12 anos na televisão, imprensa e internet.

 

Para além da publicidade, o relatório apresenta também resultados para um outro compromisso: o marketing nas escolas do primeiro ciclo. Neste, as empresas subscritoras atingiram um rácio de cumprimento geral de 100 por cento, uma melhoria em relação a 2011, quando se chegou aos 96,3 por cento.

 

 

Fonte: APAN e FIPA.