Portugal está entre os países com as menores taxas de mortalidade em crianças com idade inferior a cinco anos, revela o último relatório da UNICEF, “A Situação Mundial da Infância 2009”, lançado hoje.
O documento coloca Portugal na 173ª posição, com uma taxa de 4 mortes por mil crianças com menos de cinco anos. O relatório diz também que, em 2007, nasceram em Portugal 112 mil bebés. A mesma classificação tiveram países como a Alemanha, Áustria, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, etc..
O relatório centra-se ainda na morte materna. As mulheres nos países menos desenvolvidos têm 300 vezes mais probabilidades de morrer no parto ou devido a complicações associadas à gravidez do que as mulheres nos países desenvolvidos.
Paralelamente, uma criança nascida num país em desenvolvimento tem quase 14 vezes mais probabilidades de morrer durante o primeiro mês de vida do que uma criança nascida num país desenvolvido.
Para uma mulher no mundo em desenvolvimento, o risco de morte associado à maternidade é de 1 em 76, risco que para as mulheres dos países desenvolvidos é de 1 em 8.000.
Perto de 99 por cento das mortes globais decorrentes da gravidez e do parto ocorre nos países em desenvolvimento, onde ter uma criança continua a representar um dos mais sérios riscos para a saúde das mulheres.
«A grande maioria dessas mortes ocorre em África e na Ásia, onde as elevadas taxas de fertilidade, a falta de pessoal com formação adequada e a debilidade dos sistemas de saúde têm consequências trágicas para muitas mulheres jovens», refere a UNICEF em comunicado.
Os dez países onde é mais elevado o risco de morte materna ao longo da vida são: o Níger, o Afeganistão, a Serra Leoa, o Chade, Angola, a Libéria, a Somália, a República Democrática do Congo, a Guiné-Bissau, e o Mali.
A edição de 2009 desta publicação destaca a relação estreita entre a sobrevivência materna e neonatal e recomenda medidas para colmatar o fosso que separa os países ricos dos pobres.
«Todos os anos, mais de meio milhão de mulheres morrem em consequência de complicações associadas à gravidez e ao parto, entre as quais cerca de 70.000 raparigas e mulheres jovens entre os 15 e os 19 anos», afirma Ann M. Veneman, directora-executiva da UNICEF, na sessão de lançamento em Joanesburgo.
15 de Janeiro de 2008
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