Em comunicado, a câmara acrescenta que a manifestação será, também, uma “tentativa de persuasão” junto do Governo para canalizar para a obra 300 mil euros adicionais, para tornar o concurso público apelativo para as empresas.

“A decisão de encerramento foi dos pais e encarregados de educação, mas a câmara está totalmente solidária”, disse à Lusa o presidente da autarquia.

António Cardoso explicou que já foram abertos três concursos para a obra, pelo preço-base de 2,75 milhões de euros, tendo os dois primeiros ficado vazios.

O vencedor do terceiro concurso, por sua vez, “não reuniu as condições necessárias para iniciar os trabalhos”.

Para o autarca, é necessário subir o preço-base em 300 mil euros para aparecerem candidatos à obra.

O município adianta já ter pedido ao Ministério da Educação, que é o dono da obra, que suportasse aqueles 300 mil euros, para que a empreitada tivesse condições de ser adjudicada nos moldes em que foi concebido todo o projeto.

“É importante e necessário que o projeto não perca qualidade e que não se avance para uma intervenção faz de conta”, referiu António Cardoso, sublinhando que “se há dinheiro para escolas noutras localidades, também tem de haver para Vieira do Minho”.

O investimento será comparticipado em 75 por cento por fundos comunitários, arcando o Governo e a autarquia com a fatia restante, em partes iguais.

“A câmara, sem ter qualquer responsabilidade na obra, já vai entrar com 225 mil euros”, disse ainda António Cardoso.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação informou que “está em contacto com a Câmara Municipal de Vieira do Minho de modo a encontrar uma solução que permita, tão breve quanto possível, iniciar essa obra”.