
“Queremos obrigar o organismo responsável, neste caso a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), a tomar uma atitude ou a fechar a escola. Não podemos abrir quando tempos uma escola suja, uma escola sem vigilância e com serviços constantemente fechados. O que acontece diariamente é decidir quais os serviços que funcionam para deslocar para lá os funcionários, encerrando-se outros”, disse à Lusa a presidente da Associação de Pais, Sandra Monteiro.
De acordo com Sandra Monteiro, “este último mês tem sido caótico, e esta semana mais um funcionário ficou doente, e teve que ser hospitalizado. É frequente vermos elementos da direção na portaria, a abrir portas de pavilhões e outros serviços”.
A responsável insistiu que é necessário que a DGEstE abra “um canal de diálogo”, porque “a pouquíssima informação que dá é que existem 42 funcionários e que estão a analisar o assunto”. “Mas nós não sabemos quem são esses 42 que a DGEstE aponta”, frisou Sandra Monteiro, referindo que “a escola deveria ter cerca de 30 funcionários, mas não chegam aos 25. A informação oficial é que estão hoje cinco funcionários e que a escola vai ter que fechar”.
Questionada sobre se o motivo da falta de funcionários no dia de hoje estaria relacionada com a greve na Administração Pública, Sandra Monteiro afirmou: “Mesmo sem greve, sabíamos que havia funcionários que por motivos de consultas e outros assuntos familiares hoje não poderiam estar”.
A EB 2,3 de Pedrouços é frequentada por cerca de 900 alunos, mas o agrupamento escolar tem cerca de dois mil estudantes, segundo disse à Lusa o presidente da Federação Concelhia das Associações de Pais da Maia.
Alberto Santos lamentou que a DGEstE continue a dizer que “o famigerado rácio é cumprido”, sugerindo que nessas contas “excluam os atestados, as baixas prolongadas, as rescisões e o funcionário que foi para a reforma, sem ser substituído”. “Se é preciso mudar a lei, que mudem a lei, a escola é que não pode continuar a funcionar assim”, acrescentou
Segundo explicou “há vários serviços fechados sistematicamente, os alunos vivem uma situação em que não existe vigilância, segurança e higiene. Há salas por limpar e casas de banho encerradas pelo mesmo motivo”.
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