A Organização Mundial de Saúde (OMS) assinalou hoje que apenas um quinto dos países têm legislação sobre todas as recomendações do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, reafirmando a sua defesa da amamentação que o código promove.

 

«Apenas 37 países, ou 19 por cento», têm disposições legais sobre a totalidade do código, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado a propósito da Semana Mundial da Amamentação, que decorre entre 01 e 07 de agosto.

 

Num comunicado, a OMS reafirma que o leite materno é o melhor alimento para os bebés e as crianças pequenas e «uma das formas mais eficazes para garantir a saúde da criança e a sua sobrevivência», salientando o seu efeito protetor em relação à obesidade e à diabetes.

 

No entanto, a agência da ONU estima que «apenas 38 por cento dos bebés são amamentados exclusivamente durante seis meses».

 

A OMS visa aumentar a taxa mundial de aleitamento materno em exclusivo durante os primeiros seis meses em 50 por cento até 2025.

 

Carmen Casanovas, do Departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento da OMS, diz, citada no comunicado, que «quase todas as mães estão fisicamente aptas para amamentar e fá-lo-ão se tiverem informação correta e apoio», considerando «a aplicação integral do Código vital para reduzir ou eliminar todas as formas de promoção de substitutos do leite materno».

 

A organização assinala que, «globalmente, a amamentação tem o potencial de prevenir 220.000 mortes entre os menores de cinco anos anualmente», adiantando que o leite materno tem todos os nutrientes que os bebés precisam, bem como anticorpos que os protegem contra a diarreia e a pneumonia, duas das principais causas de mortalidade em todo o mundo.

 

A amamentação também beneficia a mãe porque «reduz os riscos de cancro da mama e do ovário e ajuda as mulheres a voltarem mais rapidamente ao seu peso pré-gravidez».

 

Lusa