“Irá amanhã [quinta-feira] a Conselho de Ministros a resolução que resolve o pagamento dos passes sociais para este corrente ano” e “isto significa que ainda durante o mês de novembro vai ser possível pagar aos operadores a verba que está em falta”, anunciou o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, no parlamento.

Está deprimido? Estes alimentos influenciam o seu humor
Está deprimido? Estes alimentos influenciam o seu humor
Ver artigo

Na sequência das críticas destas empresas nos últimos dias, o governante explicou que o atraso no pagamento se deve ao tipo de documento.

“Esta é uma proposta do Ministério das Finanças que não é só para os transportes, mas para um conjunto vasto de indemnizações compensatórias que inclui vários outros setores e, por isso, torna mais complexa a forma de pagar”, justificou, falando numa audição conjunta das comissões de Economia e de Ambiente, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019). Ainda assim, “estamos a pagar”, vincou.

“Quando chegámos ao Governo, encontrámos dois anos sem pagar relativamente a estes mesmos passes”, concluiu João Pedro Matos Fernandes.

Na terça-feira, a TSF noticiou que as empresas privadas de autocarros prometiam deixar de vender em dezembro os passes com desconto para estudantes do básico, secundário e ensino superior, se o Governo não pagar rapidamente o que deve.

10 doenças que pode apanhar nos transportes públicos (se não lavar as mãos)
10 doenças que pode apanhar nos transportes públicos (se não lavar as mãos)
Ver artigo

Segundo a estação de rádio, a ameaça envolvia dezenas de empresas como a Rodoviária de Lisboa, a Vimeca, TST, Barraqueiro, Scotturb, EVA, Rodoviária do Alentejo, Mafrense, Resende e a Gondomarense.

Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) indicou que o Governo não paga às companhias desde o início do ano aquilo a que se comprometeu pelos descontos que impôs nos passes 4-18 e sub23.

O responsável adiantou que o montante em falta ascende a 13 milhões de euros.