A patologia, que está entre as que mais receio provoca aos pais (72% colocam-na no top 3 entre as de maior risco para as crianças entre 14 doenças preveníveis através da vacinação), é ainda motivo de grande desconhecimento: 30% dos pais afirmam desconhecer ou ter dúvidas relativamente às formas mais comuns dos seus filhos contraírem a doença.

Estas são algumas das conclusões do estudo “Win for Meningitis – Portugal Report”, divulgado pela farmacêutica GSK no âmbito do Dia Mundial da Meningite.

Tem cerca de 40 anos? Se não teve sarampo, vacine-se
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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação evita a morte de dois a três milhões de pessoas, por ano, em todo o mundo e, somente a água potável, rivaliza com a vacinação na sua capacidade de salvar vidas. Atualmente, cerca de 30 doenças podem ser prevenidas ou a sua incidência diminuída, através da vacinação.

“A vacinação é uma das principais conquistas da ciência e o seu impacto na saúde pública é enorme. Programas de vacinação robustos e sustentados permitem aliviar pressão sobre o sistema de saúde e transferir recursos para outras áreas, como o acesso à inovação terapêutica", considera Olga Castro, farmacêutica e responsável da GSK.

"A vacinação contribui, também, para o combate global contra a resistência antimicrobiana, ao reduzir a utilização de antibióticos. Não há falta de evidência científica a demonstrar as mais-valias da vacinação. O que parece existir é falta de informação e, na GSK, acreditamos que é nosso dever liderar a comunicação nesta área, para ajudar a construir uma opinião pública mais informada e consciente", acrescenta a farmacêutica.

O que é a meningite?

A meningite é uma inflamação das membranas que protegem o cérebro e a espinal medula.

É uma doença súbita e grave, que pode conduzir à morte em 24 horas. Existem mais de 2,8 milhões de casos, anualmente, em todo o mundo. Embora seja uma doença pouco frequente, qualquer pessoa, em qualquer idade, pode ser afetada, sendo que os recém-nascidos, crianças, adolescentes e idosos são os que estão em maior risco. Cerca de 1 em cada 5 sobreviventes apresentam sequelas físicas e mentais, como surdez, lesões cerebrais ou amputações.

Numa fase inicial, nas primeiras 4-8 horas, os sinais e sintomas são pouco específicos e podem ser semelhantes aos de uma gripe, o que dificulta o diagnóstico. A evolução da doença é muito rápida, pelo que a vacinação é a melhor forma de prevenção.

Existem vários tipos de meningite. As mais frequentes são as meningites víricas, causadas por vírus, e as meningites bacterianas, provocadas por bactérias. As primeiras são habitualmente menos graves, mas a recuperação pode levar vários meses.

As meningites bacterianas são geralmente mais graves e requerem tratamento médico adequado aos primeiros sintomas, estando associadas a uma taxa de mortalidade que ronda os 10%. Podem ser causadas por diferentes tipos de bactérias, nomeadamente, por meningococos, pneumococos, Haemophilus influenzae, entre outros. Estas bactérias podem ser transmitidas, sobretudo, através de contacto direto e secreções respiratórias.

A forma mais eficaz de evitar a meningite meningocócica é a prevenção através da vacinação. Atualmente, existem vacinas para os 5 tipos mais frequentes de meningococos: A, B, C, W e Y. A vacina para grupo B, o mais frequente em Portugal, apenas está incluída para grupos de risco no PNV, nomeadamente, doentes com asplenia, défices congénito de complemento ou sob terapêutica com inibidores de complemento.