Entre os dias 14 e 18 de outubro, das 10 às 17h, o Hospital dos Pequeninos volta a entrar em funcionamento, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Mais de mil crianças entre os 3 e os 6 anos, de vários infantários do Norte do país, já marcaram consultas para os seus bonequinhos doentes. Fontes hospitalares esclarecerem que são aguardados sobretudo casos de brinquedos com dores de barriga, febre e dificuldade em respirar. «Podemos estar perante uma epidemia de bonecos doentes», referem.

De acordo com a «Direção Clínica» deste Hospital – a Associação de Estudantes da FMUP – as equipas médicas já estão devidamente preparadas e os consultórios foram apetrechados com todo o equipamento necessário para receber e tratar estes doentess, sejam de plástico ou de peluche.

«À entrada, todas as crianças encontrarão a Sala da Triagem, sendo a partir daí reencaminhadas para os “consultórios”, tal como como acontece nas Unidades Hospitalares dos crescidos», explica Inês Pessanha, membro da «Direção Clínica» do Hospital dos Pequeninos.

O corpo clínico deste hospital, composto por duas centenas de «médicos especialistas» em Dor de Barriga, Dor de Cabeça/Febre, Acidentes, Falta de Ar/Asma, Constipação/Dor de Garganta e Dor de Dentes, já está a postos e sabe exatamente como proceder. Primeiro fazem a consulta, com a realização do exame físico, medição da temperatura e da pressão arterial e avaliação da boca, ouvidos e garganta dos bonecos, entre outros. Simultaneamente, a criança pode ir observando o material médico exposto e colocando questões.

Depois da consulta, a criança dirige-se à Sala de Vacinação com o seu bonequinho, onde lhe é explicada a importância desse procedimento, num discurso adaptado à sua idade. Seguidamente, as crianças reúnem-se para a participação numa atividade sobre alimentação saudável. Finalmente, dirigem-se à Farmácia para aviar a sua receita (um lanche nutricionalmente equilibrado!).

«Para além das áreas mencionadas, existirá um espaço de lazer com várias atividades que será dinamizado de diferentes formas ao longo da semana», adiantam os responsáveis pelo hospital. Mesmo assim, os «bonecos estão isentos do pagamento de taxas moderadoras», esclarece Inês Pessanha.

 

 

Maria João Pratt