A proposta foi aprovada na terça-feira em reunião de câmara, com os votos a favor da CDU, a abstenção do PS e os votos contra do PSD, e prevê uma redução da taxa do IMI para prédios urbanos de 0,387% para 0,38% e a manutenção de uma dedução que pode ir até 70 euros para famílias com três ou mais dependentes a cargo.

No caso das famílias com um dependente, a dedução será de 20 euros, para quem tenha dois, de 40 euros e, para os casos com três ou mais dependentes, a redução é de 70 euros.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures (distrito de Lisboa), Bernardino Soares, sublinhou o facto de se tratar da “maior descida de sempre da taxa geral do IMI”, ressalvando que “é uma redução sustentada e que não compromete a situação financeira do município”.

“A nossa perspetiva é que. se se mantiver as condições financeiras que conseguimos construir aqui na câmara, continuar esta redução e chegar ao fim do mandato com uma taxa de 0,375%”, apontou o autarca comunista.

Propostas carecem de aprovação da Assembleia Municipal

Durante a reunião do executivo foram aprovadas igualmente a devolução pelo município de 5% da taxa do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) e a fixação em 1,5% das taxas de derrama para as empresas, mas com a atribuição de uma isenção para aquelas que tenham um volume de negócio até 150 mil euros, condições semelhantes à do ano transato.

Estas propostas terão agora que ser discutidas e votadas em sede de Assembleia Municipal.

Estas medidas foram, contudo, contestadas pelos vereadores do PSD, que votaram contra a proposta apresentada pela CDU.

Em declarações à Lusa, o vereador do PSD André Ventura justificou o chumbo com o facto de o executivo não ter aceite a proposta dos sociais-democratas de baixar a taxa de IRS e de isentar do pagamento de derrama todas as novas empresas que se fossem instalando no concelho.

“Desceram-se milésimas no IMI, mas as medidas que realmente eram necessárias para atrair mais investimentos e empresas para o concelho não se tomaram. Não vamos, como fomos no passado, ser a muleta da CDU, como está a ser o PS. Vamos marcar o nosso papel de oposição”, afirmou.

No anterior mandato, também liderado pelo comunista Bernardino Soares, o PSD fez parte do executivo, tendo três vereadores com pelouros atribuídos.

A Lusa tentou também contactar os vereadores do PS, mas sem sucesso.