A Associação da Língua Mirandesa está a preparar uma lista com nomes próprios mirandeses que servirá de apoio aos serviços oficiais e a quem quiser dar aos filhos nomes na segunda língua oficial de Portugal, disse hoje o presidente.
Amadeu Ferreira, adiantou hoje à Lusa que está em preparação “um pequeno livro chamado 'Onomástica Mirandesa' onde constem os nomes em mirandês e o fundamento do seu registo de acordo com a lei do mirandês”.
“Será um livrinho com meia dúzia de páginas com os nomes, que ainda são umas dezenas, e que tradicionalmente nós, os mirandeses, adotamos e que as pessoas adotam no seu dia-a-dia, só que não têm aquele registo formal nas conservatórias do registo”, explicou.
Esta publicação “funcionará como um apoio aos mirandeses que queiram pedir o registo do seu nome em mirandês e também às próprias conservatórias do registo civil, na medida em que funcionará como uma espécie de publicação oficial na qual eles podem confiar”.
“E, portanto essa publicação tem o objetivo de lhes dizer: os nomes são estes, a forma dos nomes é esta e vocês podem confiar sem qualquer problema”, indicou.
A lista deverá estar disponível “o mais tardar até ao final do ano e “abre as portas do ponto de vista jurídico e linguístico” a quem quiser registar um nome mirandês.
O primeiro registo de um nome próprio na segunda língua oficial de Portugal, reconhecida há 15 anos, acabou de acontecer com a aceitação do nome Lhuzie.
A primeira bebé com nome mirandês nasceu há um mês, em Lisboa, e é neta de Amadeu Ferreira, um dos principais estudiosos da atualidade do mirandês.
Por Lusa
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