Paulo Magalhães disse à Lusa que a escola sede do agrupamento tem cerca de 1.100 alunos, desde o básico ao secundário, “que assim ficam impedidos de ir às aulas, até as autoridades retirarem o cadeado”. Na sexta-feira, foi a EB1 de Rossas que apareceu fechada a cadeado.

Em causa está a constituição de uma turma mista, com 11 alunos do 1.º ano e 15 do 2.º. Segundo os pais, bastava haver mais um aluno para o Ministério da Educação autorizar a formação de turmas autónomas para cada ano. “Por um aluno, está-se a prejudicar o sucesso educativo de 26”, criticou Paulo Magalhães.

Na sexta-feira, em comunicado, o Ministério da Educação (ME) adiantou que aquela turma mista seria para manter, sublinhando que “avançar com uma situação de excecionalidade neste caso seria criar um foco de desigualdade relativamente a outros que se encontram em situações semelhantes”.

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No comunicado, o ME refere que a criação de turmas mistas “é a solução prevista na lei, e pedagogicamente validada, para as escolas com um número de alunos muito reduzido”.

Sublinha ainda que “é para evitar que haja a necessidade de recorrer a turmas mistas – as quais são uma minoria no panorama nacional - que, em alguns territórios, os municípios optam pela construção de centros escolares”, acrescenta.

Os pais dos alunos de Rossas contrapõem que o concelho de Vieira do Minho sofreu um reordenamento da rede escolar, com o encerramento de 27 escolas primárias e a redistribuição dos alunos quatro centros escolares/escolas básicas, precisamente para evitar a formação de turmas mistas.