
Quatro pessoas, entre as quais três mulheres, foram detidas hoje no Estado de Bengala, depois de na terça-feira terem sido detidos oito membros da alegada rede de tráfico, disse fonte do Departamento de Investigação Criminal de Bengala.
Na primeira operação, a polícia deteve o dono de uma clínica, um advogado, um funcionário de uma organização não-governamental, um médico, um curandeiro e mais outras três pessoas.
"Diziam aos pais que o bebé estava morto e era logo traficado, escondido numa caixa de biscoitos, através da organização não-governamental", explicou aos jornalistas o subinspetor-geral do departamento de investigação, Bharatlal Meena.
Segundo a fonte, os bebés rapazes eram vendidos por 2.900 dólares, enquanto as meninas custavam metade do preço, num país onde as mulheres preferem ter rapazes e há uma prática generalizada de abortos seletivos.
A preferência deve-se ao facto de o filho perpetuar a linhagem, herdar a propriedade e cuidar dos pais, enquanto as filhas implicam o pagamento de um dote para se casarem.
Cerca de 135.000 menores desapareceram durante 2013, quando entrou em vigor uma nova lei para diminuir o flagelo.
Em 2015, o número de desaparecimento de menores diminuiu para 67.000, segundo dados da organização não-governamental Bachpan Bachao Andolan, do prémio Nobel da Paz Kailash Satyarthi.
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