Francisco Rodrigues dos Santos visitou hoje a escola sede do Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva, em Rio Maior, no distrito de Santarém, para sinalizar que, “a pouco mais de dois meses do início ano letivo, o que o Governo tem para oferecer às famílias e às escolas é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”.
“Existe nas famílias e na comunidade académica um sentimento de incerteza e de receio, porque ainda não sabem quando vai ocorrer o início das aulas, em que termos irá ser realizado e de que forma as famílias e as escolas vão ser envolvidas neste processo”, declarou o líder centrista no final de uma visita a uma das escolas que participou no programa de ensino à distância através da televisão pública.
Francisco Santos afirmou que, perante o risco de contágio onde haja aglomeração de pessoas, a proposta do CDS é que seja dada às famílias a possibilidade de escolherem se querem que os seus educandos tenham aulas pela via digital ou presenciais e que o possam fazer em condições de igualdade.
Uma das propostas centristas é a da existência de protocolos de cooperação com o ensino particular e cooperativo, que crie “uma rede de oferta pública de escolas, que permitirá uma distribuição e uma diluição dos alunos por vários estabelecimentos de ensino”, evitando “a grande concentração de alunos por turma e por estabelecimento de ensino”, disse.
No orçamento retificativo, o partido apresentou duas propostas, uma pelo reforço dos apoios que permitam às famílias mais carenciadas as “mesmas oportunidades de escolher a escola onde querem que os seus filhos estudem”, e a outra pedindo a suspensão da devolução dos manuais escolares, recordou.
O presidente do CDS referiu igualmente a proposta de “vale tecnológico”, direcionado à aquisição de equipamento pelos professores e igualmente para as famílias carenciadas, tendo em conta dados estatísticos que revelam que “um em cada quatro alunos até aos 15 anos não possui ‘tablet’ nem computador em suas casas”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 500 mil mortos, incluindo 1.564 em Portugal.
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