O balanço foi feito hoje ao final da manhã por Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais(FNSTFPS), que lembrou alguns dos motivos do protesto: baixos salários, precariedade ou a falta de funcionários nas escolas.

Segundo Artur Sequeira, as escolas têm 7.796 trabalhadores precários, dos quais cerca de três mil estão a trabalhar a tempo parcial e os restantes aguardam pelo resultado do processo de regularização dos funcionários públicos em situação precária que está a decorrer, o PREVPAP.

Como são os almoços nas escolas no resto do mundo?
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Resultado: "A grande maioria das escolas nunca está a funcionar a 100%", alertou o responsável sindical durante uma conferência de imprensa realizada à porta da escola secundária Vergílio Ferreira, em Lisboa.

Quase metade dos assistentes recebem o salário mínimo

Os baixos salários - quase metade dos assistentes operacionais recebem o salário mínimo - é outra das razões da greve destes trabalhadores que exigem, ainda, uma carreira específica.

Artur Sequeira criticou a "inoperância do ministério da Educação" no sentido de resolver os problemas: "Não houve nada que este Governo tenha feito (...) a não ser a portaria de rácios", criticou.

Mas, mesmo a portaria que veio definir o número de funcionários necessários para cada escola é criticada por Artur Sequeira, que diz ter sido "baseada no economicismo” e, por isso, “não conseguir responder às necessidades das escolas".

Também presente na conferência de imprensa esteve o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que acusou o Governo de ser "tio Patinhas" na forma como está a olhar para as escolas que mantêm milhares de trabalhadores em condições precárias para além de as escolas continuarem a ter falta de trabalhadores.

Junto a cerca de dezena e meia de funcionários que se concentraram à porta da escola, Arménio Carlos sublinhou que os assistentes operacionais "estão a lutar pela estabilidade do seu emprego", mas também a lutar para evitar "problemas graves do ponto de vista de segurança dos alunos".

"O Governo não pode ser tão tio Patinhas a fazer corte atrás de corte", criticou Arménio Carlos.