A abordagem aos pacientes e a estrutura dos hospitais necessária para dar resposta a casos de cancro na adolescência têm estado em debate entre os especialistas que defendem que, atualmente, a maior parte das unidades que tratam doentes oncológicos estão preparadas para receber crianças ou adultos.
“Os adolescentes têm especificidades, rebeldias, dúvidas e um grupo próprio. Não se querem sentir como uma criança”, explica Sidnei Epelman, diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Cancro (Tucca), no Brasil.
Sidnei Epelman, que vai lançar em breve o livro “Oncologia no Adolescente”, sublinha a necessidade de uma análise mais cuidada sobre a incidência da doença na faixa etária dos 15 aos 19 anos.
O especialista sublinha que “os adolescentes costumam ter um diagnóstico mais tardio, porque não acreditam nos sintomas ou escondem-nos”, sendo que na faixa dos 15 aos 19 anos, a incidência da doença é 50% superior do que em crianças com idade inferior a 15 anos.
Sidnei Epelman lembra ainda que os tipos mais comuns de tumores que surgem na adolescência são os linfomas de Hodgkin e não Hodgkin e os tumores ósseos.
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