É um pesadelo para os pais. As birras, manifestações infantis de frustração, medo, raiva ou tristeza, deixam os adultos tristes, nervosos e, muitas vezes, perdidos. Esses comportamentos costumam contemplar gritos, choro e até pontapés. É uma situação limite a que, normalmente, os pais não sabem reagir.
Será impossível evitar totalmente as birras em crianças dos 2 aos 6 anos, mas procurar evitá-las é, geralmente, mais fácil do que reagir a elas. No entanto, por vezes é difícil saber que situações vão desencadear uma birra e, sobretudo quando se está entre estranhos, o adulto fica numa situação delicada.
Birras ou reações emocionais desproporcionadas são universais e parecem constituir mais do que um percalço na educação das crianças. Mas os miúdos que têm uma história intensa e frequente deste tipo de episódio estão em risco de desenvolver graves distúrbios emocionais, explica o estudo “As birras e a ansiedade nas crianças pequenas”, divulgado pelo jornal El Mundo.
Fique com estas pistas para controlar as birras das crianças.
- Prepare as saídas. Se levar a criança a um hipermercado, por exemplo, reveja o itinerário e calcule bem o tempo que vão ficar por lá. Deve ainda assegurar-se de que ela comeu o suficiente antes de sair e está descansada. Se tiver fome ou sentir-se fatigada vai pedir comida ou passar o tempo a queixar-se de que não pode andar.
- Mantenha a calma. Quando uma criança começa a fazer uma birra, e ainda que esteja num restaurante apinhado de gente, deve tentar manter a calma. Repreender de forma violenta ou gritar só piora a situação. É melhor minimizar o comportamento e aceitá-lo com alguma resignação. Tente acabar com aquela atitude através do diálogo. Se o seu filho perceber que está calmo, vai também acalmar-se e mudar de atitude.
- Tente distraí-la. Para que a criança se acalme é melhor levá-la para um lugar diferente daquele aonde a birra começou para que se distraia. É uma técnica que geralmente funciona. Só poderá estabelecer um diálogo com o seu filho quando ele ficar mais tranquilo e capaz de ouvir os seus argumentos. Procure falar com calma e explicar que percebe o motivo da raiva, mas só é possível resolver o assunto quando ele se acalmar. Nunca deve ser ameaçá-lo de que se vai embora se não parar com a birra.
- Fale com tranquilidade. É preciso explicar à criança, com tranquilidade, que a sua atitude não é correta. Tente abordá-la olhando-a nos olhos, francamente, e usando um tom sereno para explicar que não é possível comprar mais um gelado porque lhe faz mal.
- Não ceda. O mais importante é não dar ao seu filho o que ele pede, naquele momento. Ele tem de entender que a sua reivindicação é inaceitável. Se lhe fizer a vontade, repetirá esse comportamento numa situação semelhante. Não importa se tem 2 ou 5 anos. Se mantiver a sua posição, o seu filho acabará por se acalmar. Pode ponderar um castigo, mas não deixe de o fazer sentir que ainda gosta dele, embora se tenha portado mal. A punição deve ser firme e apropriada para a conduta e idade da criança.
- E tenha paciência. Finalmente, o melhor conselho é munir-se de uma grande dose de paciência. Se vê que não consegue resolver a situação, pode deixar a criança com um familiar, afastar-se durante algum tempo e voltar com mais calma. Evite entrar numa espiral de gritaria.
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