Os pais dos alunos de uma turma da Escola Básica de Favaios, concelho de Alijó, juntaram-se esta manhã à porta do estabelecimento de ensino para mostrar a sua indignação, porque a professora que há 13 anos lecionava nesta vila foi colocada noutro estabelecimento de ensino.

Como forma de protesto os pais e encarregados de educação não deixaram os filhos ir hoje às aulas e dizem que esta situação se vai manter até que lhes seja dada uma resposta.

“Nós queremos continuidade pedagógica para os nossos meninos. Esta professora já dá aulas aqui há muitos anos e conhecemos o empenho com que se dedica à profissão”, afirmou Cláudia Carvalho, mãe de uma criança de oito anos.

A responsável referiu que foi assinada uma petição que foi enviada ao Ministério da Educação a reivindicar a manutenção da docente, que é natural de Alijó e foi colocada em São João da Pesqueira, mas à qual “ainda não foi dada qualquer resposta”.

Cláudia Carvalho lamentou que esta professora tenha sido prejudicada “porque as regras de colocação do concurso foram contornadas por centenas de docentes que pediram mobilidade por doença, uma possibilidade que lhes dá a possibilidade de escolher uma escola sem terem de ir a concurso, ocupando praticamente todas as vagas de Bragança”, o que levou à colocação de docentes daquele distrito em Alijó.

Também hoje abriu portas a Escola Básica do Douro, em Andrães, Vila Real, onde vão estudar este ano cerca de 200 alunos do primeiro ciclo provenientes da zona sudeste do concelho, sendo que, este edifício tem capacidade para cerca de 300 estudantes.

Este novo estabelecimento representa um investimento de cerca de três milhões de euros e foi inaugurado três anos depois de ter começado a sua construção.

A Câmara de Vila Real anunciou ainda um reforço a nível dos transportes, equipamento e material e serviço de refeições para o pré-escolar e primeiro ciclo, prevendo gastar este ano cerca de 1,7 milhões de euros na educação.

Em Santa Marta de Penaguião, as aulas para 300 alunos começaram hoje também na nova Escola Básica (EB) 2,3, que custou cerca de três milhões de euros, foi construída em “tempo recorde” e “zero derrapagens”.

“É uma obra que nos orgulha a todos, quer pelo tempo em que foi realizada quer pelo controlo financeiro que nós desde a primeira hora imprimimos”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Luís Machado.

Segundo o presidente, a obra foi concluída “em 12 meses”.

No município vizinho do Peso da Régua, as aulas na EB 2,3 começaram ainda em contentores, devido a um atraso nas obras de requalificação que deverão estar concluídas até ao final de outubro.

O vice-presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, disse à Lusa que o estabelecimento de ensino deve abrir portas em janeiro.

Trata-se de um investimento de cerca de cinco milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários, que vai beneficiar cerca de 300 crianças.