
O novo estudo, que será apresentado na conferência anual da Associação Sociológica Americana em Seattle, analisou 15 anos de dados de pessoas casadas com idades entre os 18 e os 32 anos. "Os dados parecem definitivamente indicar que, em geral, os homens que assumem a responsabilidade de trazer o maior rendimento para casa registam declínios no seu bem-estar e saúde psicológica", afirma a principal autora do estudo, Cristin Munsch.
Os dados sugerem que os homens que são o único sustento da casa apresentam-se na sua pior forma. O que representa que a sua felicidade cai para 5% e a sua saúde é 3,5% inferior em comparação com os casais que contribuem de igual forma para o sustento da casa.
No entanto, no caso das mulheres, se forem elas a trazer um maior ordenado para casa, o efeito é o oposto. À medida que ganham mais, o seu bem-estar psicológico aumenta. E quando ganham menos, sentem-se piores com elas mesmas. E ao contrário dos homens, a saúde das mulheres não parece ficar afetada com o ordenado que têm, seja ele mais baixo ou mais elevado do que o do seu parceiro.
A explicação para este fenómeno poderia estar no facto de as mulheres que ganham tanto como os seus maridos não os obrigam a terem de trabalhar mais. Mas o estudo indica que há outros fatores, como idade, escolaridade, ordenado e horas de trabalho por semana.
Na realidade o que deixa o ser humano em baixo é a pressão e a expectativa que é exercida de acordo com o género.
A nova geração é a primeira que dispensa o rótulo de que o homem deve ser o chefe de família. "Esta geração, mais do que as anteriores, quer igualdade nas relações onde tanto o homem como a mulher devem contribuir de forma igual para o sustento da casa, e em que ambos são responsáveis pelo trabalho doméstico e assistência à família", refere Munsch.
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